Está
sensivelmente entre duas villae
romanas: a de Freiria, ao fundo da encosta
para norte, e a do Outeiro, de que a implantação
do depósito de água, sem prévia sondagem arqueológica, destruiu parte.
O
facto de poder apresentar-se como exemplo típico do casal saloio e a sua relativa
boa conservação no que respeita às
linhas arquitectónicas exteriores fizeram com que houvéssemos lutado para que a
autarquia cascalense o adquirisse, a fim de nele se instalar um equipamento
cultural. E essa aquisição
concretizou-se. Felizmente.
Deste
modo, a sua localização em plena
zona agrária do concelho e junto de duas villae
romanas presta-se a que nele venha a ser criado um pólo museológico que mostre
a vertente da exploração agropecuária
desse interior de Cascais ao longo dos tempos. A ideia
está a ganhar forma e só se necessita da candidatura a um projecto financiável
para que ela venha a concretizar-se.
Alguém
dizia que há vários destes casais pelo concelho. Há, pois. Importa que sejam
dados a conhecer e que os proprietários sejam incentivados a, mesmo renovando-os,
lhes manterem a traça local. Recorde-se que a Associação
Cultural de Cascais atribuiu a dois casais do centro de Manique o Prémio de Restauro
– Arquitectura Popular, precisamente para incentivar outros proprietários a seguirem
o exemplo que, em boa hora, esses dois lograram dar.
José
d’Encarnação
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