Dir-se-á, porém, que, estando
patente na Galeria do Casino Estoril a 39ª edição
do Salão Internacional de Pintura Naïf – escrevi bem, 39ª e Internacional! – desde
1980 mais de 500 desses artistas apresentaram um total de cerca de 5200 obras, num certame que é o mais
visitado da galeria!
Vale a pena citar os nomes dos que
ora ali estão representados, vindos dos mais variados locais de Norte a Sul do
País: A. Barbosa, A. Réu, Antero Anastácio, Arménio Ferreira, Augusto Pinheiro
(este, um nome consagrado!), Bento Sargento, Conceição
Lopes, Deborah Collens (uma inglesa que fixou residência no Algarve), Dulce
Ventura, Elza Filipa, Fernanda Azevedo, Leonel Pereira, Luiza Caetano, Manuel
Castro, Maria Tereza, Nell (Helena Brito dos Santos, de Mangualde) e a farense
Rute Castro.
É costume destacar-se, em cada salão, um
dos autores, em jeito de homenagem à obra desenvolvida. Desta feita, o destaque
vai para Arménio Ferreira, de Oliveira (Braga), nascido em 1935 e que apenas em
1991 lhe deu na veneta de começar a pintar – e é o que se vê! Reproduzo a pintura a
que deu o nome de «Monte alentejano», exemplo vivo do que é a arte naïve: a intensidade e variedade do
colorido, a grande atenção aos
pormenores, a ausência de proporções reais, um certo gosto pelos alinhamentos fictícios
(aqueles girassóis, só vistos!...). Veja-se também o quadro campestre algarvio,
de Manuel Castro, de quem se diz, no catálogo da mostra, que «é um dos melhores
autores do mundo na prática desta linguagem pictórica, escolhendo como tema
preferido a paisagem rural de características locais».
Mas… melhor do que ver essas
reproduções é ir até ao Casino e deliciar-se lá com os primores em exposição até 10 de Setembro, diariamente, das 15 às 24 horas.
José d’Encarnação
Arménio Ferreira, o homenageado |
Um monte alentejano, visto por Arménio Ferreira |
Paisagem rural algarvia, por Manuel Castro |
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