Retomámos
os contactos quase diários recentemente, a propósito do seu primeiro romance, Quanto esperei por ti!, editado pela
Palimage e a ser apresentado no próximo dia
10 de Dezembro (sábado), em
Coimbra, a partir das 15 horas, no Pavilhão Centro de Portugal (Parque Verde da
Cidade), estando prevista, pelo menos, mais uma apresentação no dia 15, pelas 18 horas, no Hotel
da Música, Mercado do Bom-Sucesso, à Boavista, Porto, também com a presença da autora,
estando aí a apresentação da obra a cargo do Dr. Manuel Henrique Proença.
Tive,
então, curiosidade em saber um pouco mais do seu percurso. E, confesso, pasmei
perante o que li, não apenas na extensa entrevista publicada a 25 de Novembro pelo
jornal conimbricense O Despertar (p.
11), mas pelas inúmeras actividades a que se tem dedicado, tanto no estrangeiro
como em Portugal, inclusive em colectividades. Fundou, por exemplo, em 1982, o
Coro dos Pequenos Cantores de Coimbra; organizou o Grupo Telarmonia de Pintura;
exerceu cargos nos órgãos sociais dos Bombeiros Voluntários de Coimbra…
Antes
vir dar o seu apoio à Faculdade de Letras, teve a sina – como tantos!... – de
percorrer o País, sendo colocada aqui e além, conforme ‘determina’ o inefável sistema de colocação de
docentes do Ensino Básico e Secundário, que todos bem conhecemos e repudiamos,
mas não há nada a fazer. A Dra. Lucinda também não lutou contra o status quo – mais forte que alicerce de
ponte romana – e fez das tripas coração. A prová-lo estão as distinções que foi
recebendo e os prémios com que foi galardoada, de que registo: o Diploma e a
Medalha de Ouro de Mérito Municipal na área do Ensino, outorgado pelo Município
da sua terra natal, Vila Nova de Poiares; diploma de Mérito Cultural da Casa da
Cultura de Ponta Delgada (Açores); diploma de Mérito Cultural da Câmara Municipal de Olhão, além de várias
menções escritas de reconhecimento oficial pelo trabalho desenvolvido na área
da Educação, uma das quais em Poitiers. De resto, a Dra. Lucinda não se privou
de viajar: Londres, América Central, Japão, USA, Canadá, França, Macau, Brasil…
locais onde fez conferências e chegou a colaborar activamente na Comunicação
Social (escrita, radiofónica e televisiva).
Largas
e mui ténues pinceladas, estas, da vida de uma dinâmica docente, de perfil
discreto, que ora, mais profundamente, vamos apreciar como escritora. Em Quanto Esperei por Ti, Lucinda Ferreira convida-nos
a partir à descoberta da história de Clara, a protagonista, e dos sabores, dos
cheiros, da paisagem e das tradições de Trás-os-Montes, cenário onde se desenrola
toda a história.
Reza
o texto de apresentação distribuído:
«Uma
obra a não perder, interessante e cuidada, rumando a uma peregrinação interior,
em que todo o leitor se poderá rever. Análise profunda da densidade das suas personagens,
plenas de introspecção poética, de uma dramaticidade sem hipérbole e nas quais
aflora um erotismo contido e elegante».
Sendo
o primeiro romance da autora, há aqui, naturalmente uma dúvida, antes de abrirmos
o livro: vamos assistir ao encontro de Clara com o amado por quem tanto esperou
e pronto; ou, ao invés, estaremos perante o longamente ansiado encontro da
autora com o seu público leitor, consubstanciando-se aqui um desejo cumprido,
um amor satisfeito… ou, ainda, um desejo e um amor que, cumpridos e
satisfeitos, logo anseiam por outros voos, pelo desenrolar de pergaminhos, anos
e anos acumulados em gavetas, à espreita da melhor ocasião para se darem a
conhecer?...
José d’Encarnação
Publicado em Cyberjornal,
edição de 6-12-2016:
Que coisa tão linda , querido Professor!
ResponderEliminarO que eu sinto, e tenho a certeza, é que só seria capaz de escrever estas coisas tão belas, quem tem muita beleza dentro de si. Vê os outros com os olhos do amor fraterno. Possui uma enorme segurança e generosidade para escrever este texto.
Do fundo do coraçao lhe agradeço e lhe desejo todo o sucesso, sempre cada vez maior , que tanto merece numa realização solidária, científica e artística ! Parabéns digo eu agora e muito obrigada. Lucinda Ferreira
Pois que Vossa Senhoria ainda mereceria muito mais; o meu estro, porém, não chega a tanto! Fico contente por a menina ter gostado da surpresa e faço votos para que os dois lançamentos ultrapassem as suas perspectivas mais lisonjeiras! Beijinho!
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