Felizmente
que, hoje, as Câmaras Municipais estão atentas a esses espólios, que resultam, afinal
de contas, extremamente valiosos para se reconstituir a história local. Creio
haver, de facto, uma regra segundo a qual se preconiza que as entidades
promotoras de uma iniciativa guardem em arquivo cópias de programas, panfletos,
opúsculos, pequenos livros… que poderão servir, mais tarde, para se fazer a
história dessa instituição. E os responsáveis pelos arquivos municipais estão agora já
despertos para receberem e convenientemente catalogarem toda essa documentação que lhes é entregue, à primeira vista sem
préstimo.
Vêm
estas considerações a propósito de um papel que me chegou através do nosso
amigo e patrício Vitor Barros, que, por sua vez, o ‘roubara’ de Correia Martins,
o qual, por seu turno, o apanhara perdido numa página no Facebook!... Vai
servir-nos esse documento (que se reproduz) para falarmos do que lá está
escrito.
Uma
forma de chamar a atenção para essa
necessidade de se preservarem estes testemunhos, de não se deitarem fora velhos
recheios de velhas gavetas…
Queremos
analisar com cuidado e atenção o que
está escrito neste programa de 7 de Março de 1945, referente a uma sessão no
São Braz Cine, marcada para as «8 e
meia da noite» – e até esta maneira
de indicar as horas não deixa de ter graça!
Nada
há, pois, a desperdiçar. E também nesse aspecto, «Notícias de S. Brás» tem sido
excelente repositório de memórias, de tal modo que pode afirmar-se não ser possível
fazer uma história de São Brás de Alportel sem recorrer ao que, ao longo dos
meses, vem sendo escrito neste nosso jornal, porque o seu director tem a
consciência clara da importância desses escritos sobre a vida local, que lhe
vão mandando os colaboradores.
José d’Encarnação
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