Domingo,
dia 6, Dia de Reis, celebrou-se, no Salão Preto e Prata do Casino Estoril, o
Concerto de Ano Novo.
Actuou
a Orquestra Sinfónica de Cascais, dirigida, como é habitual, pelo maestro
búlgaro Nikolay Lalov, que desde 1998 se encontra entre nós e cuja actividade
em prol da divulgação e ensino da música clássica é deveras notável e
superiormente reconhecida.
Escrevi
«celebrou-se», porque, na realidade, mais do que um concerto propriamente dito,
o maestro, através das apresentações que ia fazendo a cada um dos trechos a
executar, quis que se compreendesse o significado das suas escolhas para esse
final de tarde de domingo. E o tema foi a felicidade nas mais variadas
circunstâncias de vida, desde o namoro ao casamento, a vida em comum, os contratempos,
os altos e baixos… Enfim, tudo aquilo que poderia consubstanciar, neste dealbar
do ano, o que iriam ser as semanas e os meses por vir.
Claro,
fundamentalmente um concerto no qual as valsas e as polcas marcaram presença. Celebraram-se
assim, por exemplo, os 200 anos do nascimento de Jacques Offenbach (1819-1880)
e Franz von Suppé (1819-1895), de quem foram tocadas a
abertura da ida de Orfeu aos infernos e a abertura da opereta Pique Dame, respectivamente.
Ouvíramos,
a abrir, a marcha triunfal da entrada dos gladiadores de Jules Fucik, mas foi o
vienense Johan Strauss (1825-1899) o astro, de que ouvimos nada mais nada menos
do que 6 peças! As suas valsas contagiaram em pleno o público que enchia literalmente
o Salão Preto e Prata. Não só! Também se via no rosto dos músicos transbordante
alegria, a juntar ao enorme profissionalismo de que deram provas!
Afinal,
não só o público e o maestro estavam radiantes; sentimos que os próprios
músicos gostaram de estar connosco nessas quase duas horas que o espectáculo
durou.
Foi
o Concerto de Natal uma iniciativa do Casino Estoril em parceria com a Câmara
Municipal de Cascais (através da Fundação D. Luís I).
José d’Encarnação
Publicado em Cyberjornal, 07-01-2019:
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