Que
mila gre vos sustenta, craveiros-do-ar?
«Olhai os lírios
do campo! Como eles crescem! Não trabalham nem fiam! Pois Eu vos digo: nem Salomão,
em toda a sua magnificência, se vestiu como qualquer deles!...» (Mateus, 6, 28-29) – soa-me inevitável, o
eco dessa Voz vinda do fundo dos tempos!...
Por
mim, eu ousaria sugerir:
‒
Mestre, fale dos craveiros-do-ar! Não são tão efémeros como os lírios e a lição seria mais eloquente ainda, Senhor!
Transcorremos
as jornadas em lufa-lufa constante, água a esgueirar-se-nos por entre os dedos,
«Vamos, depressa, não há tempo a perder, mexe-te!»…
E
os craveiros-do-ar, imperturbáveis, vivendo do ar, vêem a nossa correria e nada
precisam de dizer. A sua presença basta para nos recordar outra Presença,
paterna, eficaz, a instilar confiança – imperturbável também!
José d'EncarnaçãoPublicado em Boletim Salesiano, mar/abr 2016, p. 34
Craveiro-do-ar em floração |
.
Até a falar de botânica transpira poesia! Admiro profundamente!!
ResponderEliminarFrancisco Ramalho Claré 3/3 às 17:13
ResponderEliminarEstão tão bonitos, compadre! Merecem essa nota fantástica.
Margarida Lino 3/3 às 17:27
Não conhecia estes cravos-do-ar. Como sabes, nasci e fui criada numa quinta cheia de cravos e rosas, entre outras flores lindas, mas esta variedade realmente nunca tinha visto. Qual é a sua origem, sabes? bjs
Marici Magalhaes 3/3 às 17:36
Mais uma linda nota José d'Encarnação! Pois é, a natureza necessita de tão pouco para ser bela e feliz...
Ana Carvalho 3/3 às 17:47
Tenho a mesma admiração...´´´´´
Julia Fernandes 3/3 às 18:05
Há uns parecidos nos Açores, mas não dão flor e picam...
Maria Manuela Baptista 3/3 às 19:01
São lindas e a flor, um espectáculo! Um beijo!
Fernando Machado 3/3 às 19:51
Subscrevo. Sempre me fascinaram essas plantas!
Vera Araújo Soares 3/3 às 20:13
Eu também tenho, mas até agora não floriu. Amei. Emoji heart
Norma Musco Mendes 3/3 às 20:29
Muito lindos. Merecem esta bela nota!
Aurora Martins Madaleno 3/3 às 20:39
Será que no Médio-Oriente há craveiros-do-ar?
Ana Paula Silva Costa 3/3 às 21:10
Também tenho. Emoji wink. Só que ainda não me brindaram com as flores.
Vou continuar a cuidar com o amor de sempre. Emoji smile. Um dia destes vão-me surpreender, tenho a certeza disso.
Um beijinho
Ana Maria Coelho 3/3 às 21:35
Também tenho um, fico admirada como rebentam e ficam lindos.
Maria Manuela Campos 3/3 às 22:49
Só os de folha mais longa dão flor, tenho as duas e de folha pequena não dá.
Ana Paula Silva Costa 4/3 às 1:08
Obrigada pela informação Maria Campos, os meus são de folha pequena, daí não ter sido contemplada Emoji wink Gostava de ter os de folha mais longa, sabe indicar-me onde encontrar?
Maria Mendes 3/3 às 23:27
Tenho um há muitos anos que trouxe da Madeira! É realmente admirável a Natureza!!!
Ana Teresa 4/3 às 0:45
Não estão dentro de um vaso? Onde os tem então? Nunca tinha visto nem ouvido sequer falar
Ivone Tavares 4/3 às 12:56
Será que fazem algo semelhante ao que faz o escaravelho do deserto? Coloca-se no topo das dunas para que a condensação se forme à noite sobre as costas e depois ao descer a duna a gota escorre para ele beber! Claro que terá que haver alimento agora como o fazem estas plantas?
Tomei a liberdade de incluir aqui todos de uma assentada os comentários que os meus amigos tiveram a gentileza de fazer no facebook. Ainda não me apercebera de haver duas espécies e, Ana Morgado, o espantoso é, de facto, a circunstância de estas plantas literalmente «viverem do ar»! Estão penduradas e alimentam-se, portanto, da humidade atmosférica e de partículas que sub-repticiamente colhem do ambiente e são, por isso, boas indicadoras do estado do ar. Compreendo a pergunta de Aurora Madaleno: eu também acho que, mui provavelmente, se os tivesse visto, Cristo os teria usado no seu sermão; provavelmente, não, pois, segundo os entendidos, a planta - Tillandsia aeranthos, de seu nome científico - é originária da América do Sul!
ResponderEliminarFiquei, pois, muito contente, por ter verificado, por um lado, que vários dos meus amigos, tinham cravos-do-ar e que outros, pela curiosidade que a nota lhes suscitou, estão com vontade de os ter.
A minha pergunta esperava, precisamente, essa resposta do Senhor Professor José d'Encarnação. Bem haja!
EliminarA minha pergunta esperava, precisamente, essa resposta do Senhor Professor José d'Encarnação. Bem haja!
Eliminar