Não
há direito!
Eu
cá processava o mestrando, agora já Mestre, processava o orientador e ia mais
longe: processava a própria instituição
universitária que ousara pespegar, assim sem mais nem menos, na sua douta página
de estudos realizados com sucesso, uma dissertação
que põe as freguesias, as uniões de freguesias e o concelho pelas ruas da
amargura. Há que protestar! Ou… rir!
Pois
é mesmo isso – rir – o que apetece, no que concerne à dissertação de Mestrado em Administração
Pública, aprovada por digno júri e de 81 páginas disponibilizadas na Internet,
certamente após nela terem sido introduzidas as correcções exigidas
aquando da defesa.
O
objectivo era saber se o Município de Cascais, em relação
ao Estado e à sociedade civil representava o papel de «ponte», se se assumia
«enquanto “fórum” conciliador» e se «tem vindo a expandir o seu potencial». Não
sei ainda bem o que isto quer dizer e como se detecta, mas, por agora, no âmbito
do apelo aos autarcas para que se cuidem, transcreverei algo do que pode
ler-se
O Sr. Carlos Carreiras
Quanto à «posição de Cascais à união de freguesias» [sic], explica-se
(cito textualmente):
«O
Presidente de Cascais o Sr. Carlos Carreiras apresentou um comunicado à população , onde nos diz que o Concelho de Cascais
apresentou a sua própria proposta de reforma administrativa tendo em conta a “excecionalidade deste concelho”» (p.
58).
S. Domingos de Rana: Maria
Gonçalves
«Com
a eleição de Maria Gonçalves,
deputada do PS em 2013, observa-se que a freguesia adotou novas políticas para
estar mais presente na vida da população
residente. Pois, esta presidente realiza passeios e bailes com a população reformada da freguesia (estando presente em todos
estes eventos), adota políticas para ajudar as famílias mais carências [sic] da
freguesia, como é caso das bolsas de estudo ao ensino superior» (p. 60) e
«disponibiliza também Reuniões dos Alcoólicos Anónimos, Coro Vox Laci e Ginásio
XL- Manutenção & Cardiofitness»
(p. 61).
A paróquia de Alcabideche
História:
«A paróquia de São Vicente de Alcabideche diz respeito ao final do século XIV,
o mais antigo livro de atas da Junta de Paróquia, conservado no cartório da igreja,
remete a sua conceção , em novas
matrizes, para 26 de setembro de 1841, fato que parece derivar da lei datada do
ano anterior, edificando [sic] que a presidência destas juntas era da respons abilidade dos párocos» (p. 61).
Cascais – Estoril: António
Soares
«Com
a eleição de António Soares, deputado
do CDS-PP em 2013, tal como nas freguesias anteriores, esta também tenta estar
presente na vida das populações residentes. Pois, observamos que são realizados
vários encontros de cariz cultural, tal como na freguesia anterior, verificamos
que os eventos realizados são mais centrados para a população sénior, pois os eventos que mais de [sic]
destacam são exposições. Quanto às políticas adotadas pela junta de freguesia
para ajudar as pessoas mais carenciadas da população
residente da freguesia, tal como na junta anterior não nos foi disponibilizada
qualquer informação sobre o assunto»
(p. 66).
Conclusão:
«Em
suma, não podemos afirmar que o concelho de Cascais é um município que está a
caminhar para fazer a ponte entre o Estado e a sociedade, somente a freguesia
de São Domingos de Rana o demostra [sic] no concelho» (p. 67).
José d’Encarnação
Publicado em Costa do Sol Jornal, nº 131, 16-03-2016, p. 6.
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