Patrimoniices cascalenses 19
Acertaram
Vasco Silva e Armando Salgado: a fotografia mostra o corte feito, do lado
nascente, na duna consolidada de Oitavos (zona da Marinha, a caminho do Guincho),
por ocasião de nela se haver rasgado a estrada para os equipamentos hoteleiros
construídos perto.
A
aparente «rocha» é constituída por finíssimas lamelas, ou seja, pelas sucessivas
camadas de areia, que, mercê do vento, do calor e doutros agentes geomorfológicos,
se consolidaram e ganharam essa posição oblíqua, como que a subir, por ser essa
a orientação do vento.
Estamos
perante um monumento geológico classificado, amiúde visitado por turmas de
estudantes universitários de Geologia e de Geografia.
Há,
no cimo da duna, um restaurante, que foi casa de chá e onde o presidente Américo
Tomás, oficial da Marinha, tinha ‘aposentos’, uma vez que a Marinha superintendeu
durante muito tempo a esse local, por ser estratégico na defesa da costa. E
chegou a haver aí equipamentos específicos para esse efeito.
Para quem
se interessar pelos aspectos científicos directamente ligados, por exemplo, à
datação da duna – terá a sua formação mais de 30 000 anos, se bem
compreendi –, poderá ler o artigo «A Duna Consolidada de Oitavos (a Oeste de
Cascais – Região de Lisboa) – a sua Datação pelo Método do Radiocarbono», que foi
publicado na revista Comunicações Geológicas, 2006, tomo 93, p. 105-118,
disponível na Internet.
José
d’Encarnação
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