O auditório estava lotado e, no
final, de pé, não se regatearam aplausos, a que Romain Garioud correspondeu com
a execução de mais um trecho, que
(diga-se) até os músicos da Sinfónica ouviram deliciados.
Dirigida, como é habitual, pelo
maestro Nikolay Lalov, a Orquestra brindara-nos, na 1ª parte, com a também
célebre Sinfonia Incompleta (a nº 8, D759 em si bemol menor), de Schubert, e os
variados trechos de Má Vlast Vltava, do checo Bedrich Smetana, um dos seis
poemas sinfónicos com que, em espírito nacionalista, belamente retrata o seu
país. «Má Vlast» significa «a minha Pátria» e Vltava é o rio Moldávia, cujo
percurso, ora suave e deslizante, ora veloz e impetuoso por entre as fragas, facilmente
fomos imaginando…
Não poderia deixar de salientar ter
visto estampada, no rosto dos músicos, no termo do espectáculo, a imensa alegria de terem participado. E escrevo «participado»,
porque não se limitaram a tocar, com o virtuosismo que se lhes reconhece, porque
amiúde acompanharam num balancear e numa expressão de felicidade os sons que
estavam a ouvir.
José d’Encarnação
Publicado
em Cyberjornal¸ edição de 22-10-2018:
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