Sim, acertaram a Fernandinha Borges e a Vera Araújo Soares, não fosse a Vera nada e criada nesse Bairro da Pampilheira, cujo núcleo inicial deu precisamente pelo nome de Barraca de Pau, em torno do estabelecimento do pai do «Manel da Barraca» (taberna e mercearia), aonde se ajuntaram, de modo especial, os que, vindos do Algarve, foram trabalhar para as pedreiras próximas. A chaminé que se mostrava era a da antiga padaria desse lugar, que felizmente ainda se mantém, embora tenham acabado por completo as suas funções. E ainda bem que essa memória se conserva!
Justificou-se assim, com essa imigração, o aparecimento da padaria e ali se abasteciam as populações dos lugares circunvizinhos, no segundo quartel do século XX, quando havia uma padaria aqui, outra acolá (no centro de Cascais, era célebre a padaria do Paulino, por exemplo, ao cimo da actual Afonso Sanches). Havia pão na Malveira e, por estas bandas saloias – Cobre, Birre, Torre, Areia… –, era à Barraca de Pau que se ia ou lá se abasteciam os padeiros que nos vinham trazer o pão à porta!
Recordar-se-á que a esse variado número de padarias sucedeu a actual União Panificadora de Cascais (Panisol), formada para evitar a concorrência e mais eficientemente se programar uma actividade comum.
José d’Encarnação
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