sexta-feira, 23 de junho de 2017

Durval Moreirinhas: a evocação necessária

Durval Moreirinhas
Foto de Rui Melo Pato
            A notícia já perpassou pela Comunicação Social e já foram tecidos todos os comentários: no passado dia 12, morreu aos 80 anos, em Lisboa, acometido de enfarte na via pública O músico e compositor Durval Moreirinhas «considerado o mais internacional dos violas de Coimbra». Contudo, não me era possível deixar sem uma palavra este passamento, porque Durval Moreirinhas muitas vezes esteve connosco em Cascais, nomeadamente com Carlos Carranca, nos espectáculos que este organizava. E, por outro lado, praticamente não havia sessão em que se evocasse o fado de Coimbra em que o nome de Durval Moreirinhas não surgisse.
            Durval Araújo Cerqueira Moreirinhas nasceu em Celorico de Basto, a 11 de Abril de 1937 e é «considerado o decano dos intérpretes de viola do Fado de Coimbra». Acompanhou, de facto, como alguém escreveu «as mais talentosas e conhecidas vozes do fado e da canção de Coimbra, sobretudo, mas também de Lisboa».
            «Era, talvez, neste momento, o decano dos intérpretes de viola do fado de Coimbra e, certamente, aquele que mais acompanhamentos fez em discos e em espectáculos no país e no estrangeiro», escreveu
Rui Melo Pato, que acrescentou:
            «Não há guitarrista quase nenhum e cantor, creio que também não, que, nos últimos 60 anos, não tivesse sentido o rigor e a qualidade dos seus acompanhamentos».
            Que descanse em paz! Fica-nos a saudade dos bons momentos poéticos que nos proporcionou, levados na melodia ímpar dos seus acordes!                                  
                                                                                  José d’Encarnação

 

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