Adérito
Vaz chegou mesmo, na edição de Março do nosso jornal, a manifestar o seu pesar,
porque – se tal fosse verdade – esse poderia ser mais um passo «a acelerar a
diminuição da imprensa regional, que está cada vez mais reduzida».
Acentuou
Adérito Vaz o que foi o esplendor, nesse domínio, da década de 80, em que,
através da imprensa local e regional, se fomentou comunidade, se estreitaram
laços entre os locais e os emigrantes, por exemplo, que anseiam – tal como os
soldados em África ansiavam – pela chegada do jornalzinho que lhes trazia
notícias da sua terra e dos seus vizinhos. Podia o seu conteúdo ser pobre,
assinala A. Vaz, podiam alguns chamar-lhes pasquins, o certo é que a função de
imprensa local e regional assumia – e assume, enquanto deixarem alguns
perdurar! – um papel fundamental na vida de todos nós. Também as rádios locais
vão fechando. E lembro-me de ter estado no Rádio Clube de Monsanto, cujo
director, o meu amigo Prof. Joaquim Manuel da Fonseca, me dizer «Veja lá se
pelas Lisboas me consegue arranjar alguém que venha tomar conta disto, eu
vendo, que já estou cansado, é toda uma vida…».
Tempo
houve em que os autarcas compreendiam o significado da imprensa local, como
veículo das necessidades da população que os elegeram. Cedo passaram, porém, a
querer instrumentalizá-la e a fazer todos os possíveis para a aniquilar, caso
não fosse da sua ‘cor’ política. Tristes autarcas. Triste país!...
Brisas do Sul soube resistir; Noticias de S. Braz também! E assim vamos
defendendo, «com sangue, suor e lágrimas», os interesses e os valores
algarvios!
José d’Encarnação
Publicado em Noticias de S.
Braz [S. Brás de Alportel] nº 247, 20-06-2017, p. 11.
Com os melhores cumprimentos, desde já agradeço as vossas palavras que ainda vão dando ânimo para continuar.
ResponderEliminarLUIS GERARDO VIEGAS
JORNAL BRISAS DO SUL