Cascais
– como o resto do País e, suponho, um pouco por todo o mundo – sofre do
desnorteio não do Senhor S. Pedro, que já não sabe o que há-de fazer, mas do
Senhor Homem que tantas manigâncias trama que põe tudo isto de pantanas e não
há Conferência Mundial de Líderes que ponha cobro ao desvario.
Já
lá vai o tempo em que se rogava ao santinho: «Olha lá, eu quero sol na eira e
chuva no nabal!». Não era fácil, mas agora nem na eira nem no nabal, o Senhor
São Pedro perdeu-se de todo…
Aguentemos,
pois, os salpicos, os aguaceiros; aproveitemos o solzinho quando vem, a água
quando cair, que dela bem precisados andamos.
Rua de Santana
Embora tivessem
atrapalhado um pouco, os salpicos (e até os aguaceiros) acabaram por não
impediram a continuação das
gigantescas obras do prolongamento da 2ª circular, em Cascais.
Primeiro,
foi o pandemónio na Rotunda dos Bombeiros Voluntários, abre vala, fecha vala,
põe lancil, obriga a uma só via…
Agora,
é o entroncamento com a Rua de Santana. Aí, foi-se mais drástico, fechou-se e
pronto! E tomou-se consciência de que, afinal, também por essa via passava
muita gente ida e vinda da auto-estrada, porque o fluxo pelo interior do Bairro
da Pampilheira, às horas de ponta, é agora de pôr à prova a serenidade dos
condutores e dos vizinhos.
A
altura a que fica a 2ª circular nesse entroncamento leste, devido ao vasto
processo de entulhamento do vale, vai proporcionar que se desvaneça o desnível
norte-sul da anterior via e a circulação
passe a ser feita com maior segurança.
O
pedido de todos: amigos, despachem-se com isso, que o combustível (diria um
jovem) «tá bué da caro, sabiam?»!...
Vamos
lá ver se o pedido é atendido.
Estamos
todos a torcer por que sim.
Passe social
Regozijam os
anciãos cascalenses e dos demais municípios da Grande Lisboa: os 50% de
desconto que o passe social proporciona dá-lhes hipótese de, por transportes
públicos, saírem das suas tamanquinhas e irem até Sintra, até Setúbal, até à
capital, por 20 eurinhos mensais.
Quem
diria?
Abençoada
Cascais que esteve no início desta mui prazenteira benesse. E fez bem o
Município em plantar cartazes por i a proclamar o primado da ideia, que os senhores de Lisboa já dele se queriam
apropriar, os malandros!
Faltam
agora umas acçõezinhas de sensibilização,
para que os munícipes se compenetrem dos horários dos autocarros. E sensibilização dos concessionários dos transportes colectivos,
para que os horários se cumpram e se comecem a estudar aqueles que mais se
coadunem com as necessidades dos utentes. É que, assim, não usando o automóvel,
até nem precisamos de nos preocupar se há, ou não, salpicos e se o limpa
pára-brisas funciona, ou não, a rigor…
José d’Encarnação
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