Não há quem vá ao
Bairro dos Museus, em Cascais, que não continue a lançar um ah! perante aquela
árvore secular, de mui rijo raìzame à mostra, que domina o canto norte do
Parque Marechal Carmona. Para além de duas ou três mimosas moradias azulejadas
do interior da vila – deve ser esse um dos trechos cascalenses mais
fotografados.
Que
a árvore impressiona mesmo! E como é que se chama? Será que está classificada?
Pois
para responder à pergunta, há que dar uma volta, entrar no parque e ir até ao
pé, porque só desse lado interior está a placa que explica ser «ficus
macrophylla» o seu nome científico (nós chamamos-lhe ‘árvore da borracha’) e
que, devido às suas excepcionais características mereceu figurar nos anais
botânicos do País, estando classificada como exemplar digno preservação, por
decreto publicado na II série do «Diário
da República», nº 276, de 28 de Novembro de 1996.
Pergunta-se:
não seria de pôr um duplicado dessa placa junto à vedação, a fim de o
transeunte mais apressado não tivesse que ir do outro lado e assim ficasse logo
esclarecido acerca do fenómeno. Fica a sugestão.
Vai um pé de dança?
«A
Universidade do Vale do Taquari – Univates, do Brasil, gostaria de
disponibilizar, em seus materiais de Educação a Distância, o vídeo "Danças
Medievais" (https://www.youtube.com/watch?v=unbWOERgqpI).
Para isso, solicitamos autorização para realizarmos o download do vídeo em questão ou a utilização de seu link em nossos
materiais, que servirá somente para fins educativos».
Não
foi sem surpresa que o grupo cascalense Pé de Dança recebeu, com data de 9 de
Maio, p. p., esta mensagem. Deu, claro, imediata autorização e os seus responsáveis
ficaram deveras satisfeitos por a sua actividade em prol das danças antigas
estar a ter esse eco no país irmão.
Criado
a 6 de Dezembro de 2014, com 18 elementos, todos eles ligados à dança, Pé de
Dança escolheu para seu objectivo recriar as danças da Idade Média, tanto as
que se faziam no solene ambiente dos salões nobres como as que o Povo de então
gostava de executar nas festas e romarias. Procurou, por isso, investigar o que
se conhecia, de forma a seguir o maior rigor histórico tanto nos trajes como
nas movimentações. Do seu programa constam, entre outras, a dança do castelo, a
marcha medieval, a dança do saltinho, a dança das damas, a dança do saltarello…
Já
tem actuado tanto em eventos realizados no concelho de Cascais como, a convite,
noutros concelhos do País, promovidos por instituições de beneficência, colectividades,
escolas, feiras medievais…
A
sua ambição é vir a constituir motivo de recreação habitual – ou quase – por
exemplo, em actividades levadas a cabo no Forte de Oitavos ou mesmo no recém-reanimado
Forte de Santo António, quando tal se justifique.
Para
além disso, assumindo-se como «Grupo de Amigos de Cascais», Pé de Dança, que
tem sede provisória na Av. Engº Amaro da Costa, 1305-A, no bairro da
Pampilheira, proporciona aulas de música (solfejo / teoria musical), acordeão,
órgão e piano, assim como de danças de salão, e organiza passeios e caminhadas.
José d’Encarnação
Publicado em Costa do Sol Jornal (Cascais), nº 283, 2019-05-29, p. 6.
Obrigado padrinho do Grupo de Dança Medieval de Cascais "Pé de Dança". Gostei de ler e adorei. Um abraço.
ResponderEliminarJ. Fernando Lousada