Tive ensejo, dias depois, a 18 de
Dezembro, de difundir uma mensagem onde afirmava:
«Se, em nome da Administração ,
me congratulo e agradeço, como não podia deixar de ser, o prémio que a APOM
houve por bem conceder a esta lista, não posso deixar de afirmar que ela é o
que os seus actuais 814 membros entenderem e ao seu incentivo e colaboração se
deve o facto de sermos um meio privilegiado de informação no mundo português da
Museologia – porque nos dão esse privilégio.»
E acrescentava:
«Criada faz amanhã, dia 19,
quatro anos, na sequência do entusiasmo gerado entre os primeiros estudantes do
Mestrado em
Museologia e Património Cultural da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra,
a lista está
sediada no Centro de
Informática desta Universidade e tem, neste momento, no seu arquivo 4821
mensagens – o que dá bem conta da quantidade de informação que tem sido por ela
veiculada. Pode mesmo dizer-se que raro será o museu de Portugal que dela não
seja membro e que não faça questão em divulgar por este meio as suas
iniciativas, na certeza de que, dessa forma, chegarão aos destinatários certos.»
Na verdade, na origem desta criação está o facto de se ter verificado
que na lista archport – destinada primordialmente
a temas de Arqueologia – frequentemente havia mensagens que mais se prendiam com a Museologia e os
museus, assim como com o
património cultural no seu conjunto. Esse facto, a par da
enorme pujança que os museus portugueses nessa altura já manifestavam,
levou-nos a adoptar o esquema que já com a archport
estava a dar mui proveitosos resultados, ou seja: os interessados inscreviam-se
como membros e passavam a gozar automaticamente da prerrogativa de poderem
divulgar através da lista as suas mensagens e de todas receberem, criando-se, desta
sorte, cada vez mais ampla comunidade em torno dos mesmos interesses.
Distinguia-se, assim, claramente, dos blogues, a que só acede quem quer e
quando quer e onde as opiniões pessoais prevalecem, porque disseminadas
(sabe-se) num âmbito restrito.
Divulgámos, pois, a 29 de Dezembro, o «Estatuto
editorial»:
«1. Museum é uma lista de discussão de conteúdo
(in)formativo, preferencialmente vocacionada para as áreas da Museologia e do
Património Cultural, aberta a todos quantos a ela queiram aderir.
3. Serão, por
isso, bem-vindas todas as informações que visem a criação de uma comunidade de
interesses em
torno da Museologia e da divulgação, defesa e valorização do
património cultural.
4. Museum, apesar da sua ‘naturalidade’
portuguesa, não enjeita – antes preconiza! – uma dimensão internacional, no
mais amplo clima de globalização em que vivemos. Nesse
sentido, acolherá de boa vontade informações veiculadas por listas suas
congéneres e verá com agrado as suas informações (devidamente referenciada a
origem) divulgadas por outras listas, salvaguardando-se sempre o que a lei
estipular em termos de direitos de autor, nos casos aplicáveis.»
No ponto 5 se estabeleciam
as regras de actuação:
«As mensagens
não poderão exceder 1 MB, salvo em casos verdadeiramente excepcionais, que
serão automaticamente submetidos à apreciação dos administradores da lista.
Nesse sentido, é sempre recomendável o não-recurso a anexos (nomeadamente para
veicular cartazes ou programas), substituindo-os pela indicação do e-mail através do qual poderão ser
solicitados ou do site a consultar.
Também não
serão aceites automaticamente mensagens com muitos destinatários nem com
destinatários ocultos.»
No momento em
que redijo esta nota (16.49 h de 8 de Junho de 2011), a lista conta com 842 membros e
tem no seu arquivo 5777 mensagens.
Em jeito de
balanço, poderia afirmar:
1º ‒ Hoje, a
consulta ao arquivo da museum permite
tomar o pulso da toda a imensa actividade museológica que se está a desenvolver
no País, porquanto a quase totalidade dos museus faz questão de aí a publicitar,
o que representa, sem dúvida, enorme fonte de enriquecimento mútuo, porquanto
as experiências e as iniciativas de uns são inspiração e incentivo para outros.
2º ‒ Dia
Internacional dos Museus, Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, Dia Internacional
da Criança, Dia da Árvore e, de um modo geral, todos os dias internacionais e,
até, nacionais, que proporcionam iniciativas de âmbito museológico ficam bem
registados e divulgados aqui.
3º ‒ Além da informação,
museum tem-se feito eco das grandes
problemáticas surgidas em torno da política museológica nacional. Recorde-se
quanto foi escrito sobre a eventual transferência do Museu Nacional de Arqueologia
para o edifício da Cordoaria Nacional; as complexas questões do Museu Nacional
dos Coches; a discussão sobre os orçamentos para a Cultura, tendo-se demonstrado,
amiúde, quanto os museus contribuem não apenas para a formação de uma
identidade (cada vez mais necessária) mas também para o equilíbrio financeiro
do orçamento cultural do País.
4º - Outras
páginas dedicadas a esta temática surgiram, entretanto, por iniciativa particular
ou até institucional. Congratulamo-nos com isso, na medida em que todos estamos
empenhados no mesmo intuito de valorizar os museus e o património cultural, a demonstrar
a quem nos governa que vale a pena
apostar na Cultura, de que os museus são e continuarão a ser (pesem, embora,
todas as restrições económicas) alfobre imprescindível. Museum prosseguirá, pois, na senda de veicular o que os seus membros
houverem por bem transmitir, na mais sadia e aberta troca de impressões.
Por
consequência, o galardão conferido pela APOM, que agradecemos, constituiu,
sobretudo, mais um incentivo para se continuar a fazer mais e melhor, com a
colaboração de todos!
Post-scriptum: Participei, a 18.05.2011, no Mosteiro de Santa
Clara-a-Velha, em Coimbra, a convite do Director Regional da Cultura do Centro,
no Colóquio Museus: um Exemplo, em que apresentei o fórum Museum,
pelo facto de ter sido agraciado, em 2010, com o Prémio APOM de ‘Melhor
Comunicação on Line’. Foi-me solicitado que passasse a escrito o que
então dissera, porque era intenção daquela Direcção Regional publicar as
intervenções aí realizadas. Tendo consultado, há dias, a DRCC, foi-me
comunicado que, afinal, essa intenção de todo se perdera. É, pois, este o texto
que então escrevi.
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