sexta-feira, 2 de maio de 2014

Na prateleira 22

Mais um prémio
            Chegou-me da Madeira, a 25 de Abril, a informação:
            «Cascais foi considerado o melhor destino sustentável do mundo, na Feira Internacional de Turismo em Berlim, a decorrer até domingo. Entre as mil candidaturas apresentadas, o município de Cascais foi o premiado com o “Vistas – VISION Innovation for Sustainable Tourism Awards 2014” pelo trabalho na recuperação ambiental da Duna da Cresmina e do Pisão. Parabéns!».
            Lá nisso de apresentar candidaturas temos sido mestres do mais alto gabarito. E, pelos vistos, com o maior êxito! É o que se chama… ter olhinhos!...
            Mas… ainda que mal pergunte: «Saberão também os responsáveis que há uma outra duna, a de Oitavos, que é fóssil, que está classificada e que corre sérios riscos de degradação, depois que foi autorizada a abertura de uma estrada no seu ventre?».

O filme da vida e o outro
            8.50 horas. 1 de Abril. Metropolitano de Lisboa. Sentada, a jovem, de auscultador no ouvido, vê um filme no seu smartphone. Dei comigo a pensar no contraste: delicia-se ela com uma ficção; entretenho-me eu a sentir-me elo de uma comunidade viva, a dos meus companheiros de viagem, a caminho do emprego. A carruagem está praticamente em silêncio, uma que outra voz apenas sussurrada.
 
Reaproveitamento versus desperdício
            Sempre me insurgi contra a generalizada tendência, de quem vem, de mostrar trabalho feito. Uma das primeiras ideias é mudar logótipos e mudar nomes, com todas as consequências que daí resultam, nomeadamente de papel timbrado que vai para o lixo. Hoje em dia, como é tudo digital, o dispêndio é apenas o de os criativos e os serviços informáticos se desunharem a rapidamente mudarem os endereços de serviços e do pessoal, trasladarem conteúdos das páginas (quando os trasladam…), engendrarem logótipo apelativo…
            Já não haverá, portanto, o desperdício de papel que havia, porque – para os novos chefes – usar papel da repartição antiga não era bem visto. Foi por isso que me alegrei, outro dia, ao receber uma carta do Museu Nacional de Arqueologia que vinha com o timbre do defunto Instituto dos Museus e da Conservação. Cortaram os dizeres, puseram por baixo o carimbo do Museu e… já está! Congratulei-me e fiz votos de que o exemplo prolifere!

Museu Militar de Artilharia de Costa
            A 28 de Janeiro, p. p., a Secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional presidiu à cerimónia de assinatura do acordo de princípios, entre o Exército Português e a Câmara Municipal de Cascais, para instalação do Museu Militar de Artilharia de Costa e de um Parque Temático, na 2ª Bataria da Parede. Apresentou-se, então, a traços largos, a história da Artilharia de Costa, a que o concelho de Cascais se encontra profundamente ligado, e deu-se conhecimento do projecto que há para as instalações e espaços envolventes.
            O meu voto: que as instâncias superiores se apercebam do elevado interesse que o projecto, na verdade, detém e que há urgência em o pôr em prática, porque as instalações deterioram-se e o vandalismo grassa por lá.

A villa romana de Freiria em Lisboa
            No âmbito da programação cultural da Galeria Millennium, foi aí inaugurada, a 13 de Março,  a exposição de arqueologia "Lisboa Pré-Clássica, um porto mediterrâneo no litoral atlântico”.
            Estão patentes nesta mostra os mais significativos documentos arqueológicos da villa romana de Freiria (S. Domingos de Rana), datáveis do período imediatamente anterior à vinda dos Romanos.
            Mais uma colaboração da Associação Cultural de Cascais!

Reedições
            Foi reeditado, não há muito, pela Câmara Municipal de Cascais e com mui sugestivas ilustrações, o livro Memórias da Linha de Cascais, de Branca Gonta Colaço e Maria Archer (1ª edição, 1943).
            Aplaude-se!
            E sugere-se que poderia ser uma boa ideia – e até nem muito dispendiosa! – a reimpressão dos sempre úteis livrinhos que integram a chamada ‘colecção do Centenário’, editada pelo Município, em 1964, aquando das comemorações do VI centenário da elevação de Cascais a vila.
                                                                                                                    
Publicado em Costa do Sol – Jornal Regional dos Concelhos de Oeiras e Cascais, nº 43, 30-04-2014, p. 6.

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