Chegou-me da Madeira, a 25 de Abril,
a informação:
«Cascais foi considerado o melhor
destino sustentável do mundo, na Feira Internacional de Turismo em Berlim, a
decorrer até domingo. Entre as mil candidaturas apresentadas, o município de
Cascais foi o premiado com o “Vistas – VISION Innovation for Sustainable
Tourism Awards 2014”
pelo trabalho na recuperação ambiental da Duna da Cresmina e do Pisão.
Parabéns!».
Lá nisso de apresentar candidaturas
temos sido mestres do mais alto gabarito. E, pelos vistos, com o maior êxito! É
o que se chama… ter olhinhos!...
Mas… ainda que mal pergunte: «Saberão
também os responsáveis que há uma outra duna, a de Oitavos, que é fóssil, que
está classificada e que corre sérios riscos de degradação, depois que foi
autorizada a abertura de uma estrada no seu ventre?».
O filme da vida e o outro
8.50
horas. 1 de Abril. Metropolitano de Lisboa. Sentada, a jovem, de auscultador no
ouvido, vê um filme no seu smartphone.
Dei comigo a pensar no contraste: delicia-se ela com uma ficção ; entretenho-me eu a sentir-me elo de uma
comunidade viva, a dos meus companheiros de viagem, a caminho do emprego. A
carruagem está praticamente em silêncio, uma que outra voz apenas sussurrada.
Reaproveitamento versus
desperdício
Sempre me insurgi contra a generalizada tendência, de
quem vem, de mostrar trabalho feito. Uma das primeiras ideias é mudar logótipos
e mudar nomes, com todas as consequências que daí resultam, nomeadamente de
papel timbrado que vai para o lixo. Hoje em dia, como é tudo digital, o
dispêndio é apenas o de os criativos e os serviços informáticos se desunharem a
rapidamente mudarem os endereços de serviços e do pessoal, trasladarem
conteúdos das páginas (quando os trasladam…), engendrarem logótipo apelativo…
Já
não haverá, portanto, o desperdício de papel que havia, porque – para os novos
chefes – usar papel da repartição antiga não era bem visto. Foi por isso que me
alegrei, outro dia, ao receber uma carta do Museu Nacional de Arqueologia que
vinha com o timbre do defunto Instituto dos Museus e da Conservação. Cortaram
os dizeres, puseram por baixo o carimbo do Museu e… já está! Congratulei-me e
fiz votos de que o exemplo prolifere!
Museu
Militar de Artilharia de Costa
A 28 de
Janeiro, p. p., a Secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional presidiu à
cerimónia de assinatura do acordo de princípios, entre o Exército Português e a
Câmara Municipal de Cascais, para instalação
do Museu Militar de Artilharia de Costa e de um Parque Temático, na 2ª Bataria
da Parede. Apresentou-se, então, a traços largos, a história da Artilharia de
Costa, a que o concelho de Cascais se encontra profundamente ligado, e deu-se
conhecimento do projecto que há para as instalações e espaços envolventes.
O meu voto:
que as instâncias superiores se apercebam do elevado interesse que o projecto,
na verdade, detém e que há urgência em o pôr em prática, porque as instalações
deterioram-se e o vandalismo grassa por lá.
A villa romana de Freiria em Lisboa
No
âmbito da programação cultural da Galeria Millennium, foi aí inaugurada, a 13
de Março, a exposição de arqueologia "Lisboa
Pré-Clássica, um porto mediterrâneo no litoral atlântico”.
Estão
patentes nesta mostra os mais significativos documentos arqueológicos da villa
romana de Freiria (S. Domingos de Rana), datáveis do período imediatamente
anterior à vinda dos Romanos.
Mais uma colaboração da
Associação Cultural de Cascais!
Reedições
Foi
reeditado, não há muito, pela Câmara Municipal de Cascais e com mui sugestivas
ilustrações, o livro Memórias da Linha de Cascais, de Branca Gonta
Colaço e Maria Archer (1ª edição, 1943).
Aplaude-se!
E
sugere-se que poderia ser uma boa ideia – e até nem muito dispendiosa! – a
reimpressão dos sempre úteis livrinhos que integram a chamada ‘colecção do
Centenário’, editada pelo Município, em 1964, aquando das comemorações do VI
centenário da elevação de Cascais a vila.
Publicado em Costa do Sol – Jornal Regional dos Concelhos de Oeiras e Cascais,
nº 43, 30-04-2014, p. 6.
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