A comida
também já não foi feita com o peixe pescado pela manhã, mas preparada, desta
feita, por um restaurante da orla, o Furnas Lagosteiras, gerido por um dos
membros do Viròtacho, o José Alexandre Ramos.
O encontro constituiu pretexto para avivar recordações
(os carrinhos de rolamentos, as corridas de arcos, o assar das pinhas pelo
Outono…), evocar cenas em que intervieram, por exemplo, companheiros que já
partiram (do grupo inicial de 20 já só resta um, o Francisco Ramos, de 90
anos), jogar e saborear alguns petiscos…
Está longe esse 2º domingo de Maio de 1944, em que a
inusitada fartura de polvos levou a que se cozinhassem logo ali, no pinhal à
beira-mar. E o nome surgiu quando um dos tijolos que aguentava o tacho se
partiu e quase se ia perdendo tudo. Da letra do hino que criaram – e honra seja
feita ao músico Fernando Bernardes, «O Lampião», que com o seu trombone muitas
jornadas animou! – consta que o grupo «não vira garrafões, porque é tudo malta
fixe, somos todos como irmões!...».
O grupo é
formado por 20 membros, homens. Sempre que um parte, há o cuidado de, obtido
consenso, propor quem o venha substituir, de preferência natural do lugar e
irmanado com os demais por laços de sangue ou de camaradagem.
Registe-se ainda que, para este solene encontro anual de
2014, Maria da Nazaré Roque, de 80 anos, utente do Centro de Dia do Bairro do
Rosário, resolveu dedicar-lhes estas quadras:
Vira
o Tacho é o nome
Do
Grupo de Associados
Também
tem como pronome
Amigos!...
de anos passados!
Mais
um ano de passagem
Que
todos nós festejamos.
Quero
prestar minha homenagem
Ao
Senhor Francisco Ramos
E
a todo o Grupo em geral
Que
tenho em meu redor
Porque
é o último afinal
Deste
Grupo o fundador
Quero
a todos agradecer
Este
momento profano
Que
todos vemos poder
Voltarmos
todos pró ano!
Publicado
no Cyberjornal, edição de 12
de Maio de 2014:
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