Insistiria
também – e que se me perdoe a insistência - na necessidade de inventariação e
preservação do património móvel. A necessária campanha de recolha de alfaias e
utensílios que, por o progresso os ter tornado obsoletos, constituem memórias a
preservar. E as fotografias guardadas em gavetas que, amiúde, os herdeiros acabam
por deitar fora?
Outra
notícia a destacar – e essa, decerto, mais saliente (teve, de resto, chamada em
primeira página) – prende-se com o avanço da elaboração do projecto de
requalificação da Estrada Nacional nº 2. Felizmente que se ‘descobriu’ a grande
importância desse eixo viário, depois de os nossos antepassados patrícios tanto
se haverem batido por que S. Brás não fosse esquecido no âmbito do traçado da via-férrea
do Sul; e, já nos nossos dias, quando o traçado da Via do Infante também nos
postergou.
Congratulo-me,
pois, com o facto de se prever a eliminação de algumas condicionantes, a
criação de zonas de ultrapassagem e a reformulação do cruzamento de acesso ao Mercado
Abastecedor da Região do Algarve.
S.
Brás, ali postado no final – ou no começo – das famosas «curvas do Caldeirão»,
orgulhoso muito embora de ser a porta («Alportel») de ligação para o Norte,
carece, na verdade, que se olhe para ele em termos de acessibilidades. Foi, no
passado, mesmo sem elas, viveiro de gente que partiu; quer-se, no presente, viveiro
de gentes que chegam e que ficam!
José
d’Encarnação
Publicado em Noticias de S. Braz [S. Brás de Alportel] nº
271, 20-06-2019, p. 13.
Post-scriptum: A propósito da necessária recolha e inventário do património cultural, nomeadamente do imaterial, de que se fala aqui e a que se fez referência na crónica anterior, teve a Dra. Marlene Guerreiro, mui digna vice-presidente do Município são-brasense, a gentileza de me informar que a criação de um Arquivo Municipal constitui um dos objectivos do Executivo sempre presente. A escassez de verbas tem impedido, no entanto, que se concretize ou, mesmo, que se consiga incluir em plano tal desiderato, cuja importância e necessidade são por todos mui conscientemente sentidas.
Post-scriptum: A propósito da necessária recolha e inventário do património cultural, nomeadamente do imaterial, de que se fala aqui e a que se fez referência na crónica anterior, teve a Dra. Marlene Guerreiro, mui digna vice-presidente do Município são-brasense, a gentileza de me informar que a criação de um Arquivo Municipal constitui um dos objectivos do Executivo sempre presente. A escassez de verbas tem impedido, no entanto, que se concretize ou, mesmo, que se consiga incluir em plano tal desiderato, cuja importância e necessidade são por todos mui conscientemente sentidas.