Ao
falarmos, porém, da Lisboa dos políticos, temos a imagem de um Buda de cabeça
baixa, a mirar e a remirar no umbigo, a pôr-lhe preciosos pearcings, sem se ralar do resto do País.
Perdoar-se-me-á
a imagem, mas foi esta que de imediato me ocorreu, ao ler, na passada edição de
Noticias de S. Braz o editorial do
nosso director a contar da desgraça em que vai o que foi, até há bem pouco
tempo, um Centro de Medicina de Reabilitação de excelência e que essa Lisboa-de-olhos-no-umbigo
teima em deixar fenecer.
Conta,
na mesma edição, Correia Martins, na p. 7 – com o vigor que o caracteriza e o
«saber de experiências feito», pelas funções que exerceu como presidente do
Conselho de Administração da ARS Algarve (1996-2002) –, da mágoa que todos
sentimos e aponta soluções («o pecado original e a forma de o resolver»).
Bramamos que não há direito a esbanjarem-se assim os dinheiros públicos, desaproveitando
algo que é muito bom, que pode funcionar ainda melhor, assim o umbigo político
de Lisboa deixe!
Não
é de protestarmos todos contra a gritante miopia de gestores que primam pela
incompetência ou que, pelo menos, não sabem ver com olhos-de-ver o que é útil
ou prejudicial ao País? Quando é que voltarão a olhar para o Povo e as suas
necessidades?
O
que se passa com o Centro de Medicina de Reabilitação do Sul – antigo Sanatório
Vasconcelos Porto – é uma infâmia e precisamos de o dizer com todas as letras e
em capitais: É UMA INFÂMIA, SENHORES DA LISBOA
POLÍTICA!
José d’Encarnação
Publicado em Noticias de S.
Braz [S. Brás de Alportel] nº 240, 20-11-2016, p. 11.
Ana Teresa
ResponderEliminar20/11 às 22:27
Nem pró seu umbigo, Professor, nem pró seu umbigo. Lisboa, como CASCAIS, está-se a tornar uma cidade perfeita (???) para turista ver. Já quem cá reside, e cá paga os seus impostos ... que se lixe!