Congratulo-me
com as iniciativas que visam lembrar quanto foi importante, no século passado,
o trabalho da pedra no nosso concelho, designadamente devido às pedreiras dos
Funchais.
Ainda não desisti de que – para além
do geoponto – algo mais se faça no nosso concelho para mostrar como, por
exemplo, depois de terem aprendido em Marrocos as novas técnicas de trabalhar a
pedra, os são-brasenses demandaram Cascais e aí as deram a conhecer aos
saloios, que tinham outra forma de laborar.
Continua por acabar o monumento aos canteiros em Bordeira, que ostenta a
inscrição «Saudade 2009», mas que tem uma superfície emoldurada para nela
certamente se inserir uma inscrição
comemorativa, cujo teor importa estudar. Aliás, acho que, neste domínio, os
municípios de Faro e de S. Brás deveriam dar as mãos. Agrada-me sempre ver
aquela casa próxima das pedreiras, que manteve no jardim estratos calcários à
mostra.
No âmbito das festas populares de Tires (S. Domingos de Rana, Cascais)
deste mês de Junho, houve a iniciativa de se apresentar, como que em minimuseu,
as ferramentas com que se trabalhava, os ambientes, as fotografias… Claro, as memórias
saloias. O monumento que há anos erigimos em Birre, no coração da freguesia de
Cascais, é mais cosmopolita e refere os são-brasenses, hoje ainda muito
recordados, apesar de as pedreiras também se encontrarem já inactivas por essas
bandas.
[Publicado em Notícias de S. Braz, nº 187, 20-06-2012, p. 15].
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