E com esse retorno reavivar-se-ão as
nossas falas, a tratar as coisas pelo seu nome e não pelas generalidades citadinas.
– «Estou já bicho sa»,
dizia-me a anciã.
Quem há aí que compreenda à primeira
vista o significado profundo da frase, colhida no pomar da maçã, essa sim,
bichosa às vezes?!...
– Pronto, lá estás tu a empencer
comigo!
O dicionário traz «empecer», relacionando-o com empecilho, estorvo; mas,
entre nós, nestas plagas meridionais, acrescentamos um n, a nasalar, que soa
melhor e acerta mais no sentido que lhe queremos incutir: «meter-se»,
«aborrecer», «não largar da mão»... Melga!...
Publicado no mensário VilAdentro [S. Brás de Alportel], nº 162-163
(Julho/Agosto 2012) p. 10.
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