Acompanhado ao
piano por seu irmão Nuno Feist, Henrique está em palco durante hora e meia a
contar a história do musical americano: como nasceu, os intérpretes, os
momentos altos e baixos, os êxitos que ainda hoje encantam… E Henrique Feist
encantou também, com as suas brilhantes interpretações de temas imortais, uma
plateia incondicionalmente presa ao seu talento, que lhe valeu, como se sabe, o
globo de ouro da SIC.
«Somos o que fazemos todos os dias»
Gratificantes
as noites, porque se juntaram num enorme abraço de solidariedade não apenas os artistas
e a sua equipa mas as mais diversas entidades, uma vez que as verbas angariadas
se destinam a minorar as enormes dificuldades financeiras por que passa a Santa
Casa da Misericórdia de Cascais, como acontece, de resto, com todas as instituições
que se dedicam – arrastando consigo muitos voluntários – a suprir as cada vez
maiores carências da população empobrecida.
Constituindo
a 2ª maior empregadora do concelho, com 650 trabalhadores, a Santa Casa, ao serviço
da comunidade desde 1551 (!), tem a seu cargo 1005 crianças em creches e jardins-de-infância;
230 crianças no apoio escolar; assiste 485 famílias (banco alimentar, rendimento
social de inserção, promoção socioeducativa); 48 crianças e jovens estão nos
seus centros de acolhimento temporário; 342 adultos (deficientes em internamento)
são apoiados no Pisão; 846 idosos são acompanhados nos centros de convívio,
centros de dia, apoio domiciliário e lares).
Um
mundo de necessidades a que a Santa Casa procura acudir com magros recursos (a
farmácia, o «Bom Apetite», a Feira da Adroana ajudam…) num concelho onde,
apesar de todas as publicidades políticas, crescente número de famílias, inclusive
da classe dita média/alta, passam fome.
Gratificante,
pois, a resposta da comunidade. E se o espectáculo em si agradou em cheio, todo
este sentimento de uma solidariedade cumprida foi gratificante também.
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