Constituiu
«evento colunável» a estreia, a 23 de Abril, da peça do Teatro Experimental de
Cascais. São sempre «eventos» as estreias; mas esta tê-lo-á sido muito
especial, reclamada pelo regresso de António Pedro Cerdeira, actor bem conhecido
dos telespectadores. Muitos foram, pois, os actores (mormente de telenovelas)
que marcaram presença e os flaches dos fotógrafos não pararam até segundos
antes de o pano subir; e, no intervalo, entrevistas não faltaram, claro! Eunice
Muñoz foi também presença a assinalar.
Casais Velhos revisitados
No âmbito do seu programa de dar a conhecer as particularidades e o
património do lugar onde vivem, a AMA – Associação
de Moradores da Areia organizou, na tarde do passado dia 29, uma caminhada até
ao povoado romano dos Casais Velhos.
Inscreveram-se cerca
de 120 moradores, que, conduzidos por José d’Encarnação
(da Associação Cultural de Cascais),
se inteiraram, logo no adro da capela de S. Brás, da antiguidade do lugar, quer
pelos vestígios que iriam ver de seguida quer porque há notícias sobre a Areia
ao longo dos séculos e constava o lugar dos pontos de referência anotados pelo
Automóvel Clube de Portugal em meados do século passado, como o atesta a placa
inserida na parede sul da capela.
A caminhada fez-se pelo interior oriental
da povoação , de modo que pôde
apreciar-se a vegetação autóctone,
assim como os típicos muros de pedra seca a dividir as propriedades agrícolas.
A caminhada durou pouco mais de duas horas
e terminou com um chá servido na esplanada do Centro Interpretativo da
Crismina.
Canteiros confraternizam
A
manter a tradição cascalense de «atacar o Maio» com uma boa caldeirada, um
grupo de canteiros de S. Domingos de Rana reuniu-se de novo, este ano, no dia
1, em Trajouce.
Recordaram-se as técnicas do «tratar a
pedra por tu»; viu-se, por exemplo, como funcionava a cruzeta, instrumento usado em escultura
para ‘tirar os pontos’, ou seja, para o canteiro mudar para a dimensão
requerida o que o escultor lhe entregara em molde… Terminou-se, após a
tradicional fotografia de grupo, no Museu do Caracol, que ora se dedica a fazer
miniaturas, em madeira, de utensílios tradicionais do dia-a-dia saloio.
(Fotografias de Guilherme Cardoso. Foi Celestino Costa quem demonstrou como se usava a cruzeta).
Egoísta
Numa
época em que escrever cartas parece que já passou de moda – hoje já só se
mandam frios e-mails e mui sintéticos
sms, o nº 48 (Março 2012) de Egoísta, a revista trimestral da
Estoril-Sol, vem recordar-nos o papel fundamental que o correio detém no nosso
quotidiano, mormente a nível pessoal. Caso raro é, hoje, uma carta escrita à
mão e valerá, decerto, a pena apostar em regressar a esses hábitos:
«Só uma carta manuscrita pode transportar
a mancha de uma lágrima. O odor de uma tinta perfumada, o hesitante vestígio de
uma palavra corrigida, a marca de um anseio que nos escapa da alma e escorre
pelo papel para ganhar vida própria só entre dois partilhada» – escreve Mário
Assis Ferreira. E tem razão – oh se tem!
Parabéns, pois, por mais esta… surpresa
(que é sempre uma surpresa cada número da Egoísta!).
Acreditar
Boletim da Associação de Pais e Amigos de
Crianças com Cancro [www.acreditar.org.pt],
o nº de Março traz, para além do noticiário acerca das actividades da
Associação (um exemplo sempre de grande e emotiva solidariedade!). Tem o leitor
ideia, por exemplo, do que são os Barnabés? São as crianças, jovens e adultos
que na sua infância vivem ou viveram uma doença oncológica – e eles próprios se
tornam, depois, arautos de uma esperança que nunca pode morrer!
Como se escreve logo no início da 1ª página
(das 4 que compõem o boletim): «Pedras no caminho? Guardo-as todas. Um dia vou
construir um castelo!».
[Publicado no Jornal de Cascais, nº 313, 09.05.2012,
p. 4].
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