De
facto, no dia-a-dia, quando vemos alguém pensativo e lhe fazemos essa pergunta,
o mais norma l é recebermos como
resposta: «Nada! Não estava a pensar em nada!». E das duas uma: ou estava a pensar
em algo que não quer revelar; ou, de facto, nem consciente estava daquilo em
que estava a pensar! E esse é um dos aspectos mais interessantes em que importa
reflectir: somos senhores dos nossos pensamentos? Comandamos nós, a todo o
momento ou com muita frequência, a nossa mente? O mais norma l
é respondermos que não – e se a pergunta do facebook
contribuir para que, doravante, dominemos mais o nosso pensar será obviamente
um bom serviço prestado.
Não
basta pensar: é preciso dominar o nosso pensamento e encaminhá-lo para aspectos
positivos! Escreveu Emmet Fox (Le Sermon
sur la Montagne, Paris, 1974, p. 78): «Nós escrevemos a história futura da
nossa vida com os nossos pensamentos de hoje». E, por isso, sugere, mais
adiante (p. 88): «Pensemos bem e tarde ou cedo tudo vai correr pelo melhor».
Escusado
será dizer quão importante é adestrarmo-nos nessa técnica quotidiana de «plantar
orquídeas no jardim do pensamento», como sugere Joseph Murphy (La Prière Guérit, 10ª edição francesa,
1984, p. 102), em vez de nos demorarmos em ideias tenebrosas, do género de «Eu
não sou capaz», «Tudo me corre mal», «Isto é uma desgraça pegada»… Se pensarmos
sempre que não somos capazes, nunca seremos capazes mesmo!...
O
pensamento é, de resto, o único «sítio» onde só nós podemos entrar, ninguém
mais! E podemos moldá-lo à nossa mane ira,
de uma forma sempre positiva. «Um eminente mestre oriental de Filosofia,
andando pelas ruas de Londres, ao entardecer, viu um pedaço de corda e imaginou
que era uma serpente; ficou transido de medo! Quando se apercebeu do engano, a
imagem da corda provocou nele uma resposta emocional completamente diferente» –
é ainda Joseph Murphy que o conta (p. 85).
Publicado
no quinzenário Renascimento (Mangualde), nº 600, 15-09-2012. p. 4.
Sem comentários:
Enviar um comentário