A
1 de Agosto, no noticiário das 9 da Antena 1, ouvi que não foram ainda
aplicadas multas a banhistas por se instalarem em zonas proibidas. Referia-se a
informação a áreas de arribas em
risco de derrocada. Mas o que mais me impressionou foi o ar de desalento da
autoridade marítima, como que a dizer: «Que chatice! Não multámos ninguém e a
lei já dura há um ano! Se já se viu!...». E parecia preconizar-se logo de
seguida que fossem alargadas essas áreas, para que, no final do ano, se pudesse
apresentar ‘serviço’! «Só há quatro áreas!» – queixavam-se. Na zona de Cascais,
somente o acesso à Praia do Mexilhoeiro está interdito.
De
facto, é uma chatice! Anda o pobre do agente a ver se consegue passar uma
multinha e o Povo não lhe dá essa oportunidade! Que Povo este!...
Piscina do Tamariz
Melhoramentos! Há
acesso à piscina directamente através de uma rampa, que serve igualmente de
passagem de um nível para outro. Valeu!
Estrada Cobre – Murches
Finalmente (as
obras demoraram muitos meses!...), foi aberta ao trânsito a estrada que liga a
Almosquia a Murches, estrada que dá pelo nome de Rua Humberto Delgado na sua
maior extensão, começando, a sul, pela Rua dos Depósitos de Água.
Constitui
excelente alternativa à Estrada da Malveira, nomeadamente para quem utiliza a
3ª circular e se desloca para Murches, Aldeia de Juso, Zambujeiro e mesmo
Charneca e Malveira. Ou em sentido inverso.
Continuo,
porém, a não compreender porque é que – para fazer uma reparação destas – se
carece de imediato de fechar ao trânsito a totalidade da via! Mas… quem sou eu
para compreender essas altíssimas esferas filosóficas em que navegam os
senhores do trânsito em Cascais?
Veja-se
o que acontece dentro de Alcabideche! Anda-se às voltinhas e não há meio de alguém
com dois dedos de testa abrir aos dois sentidos a Rua dos Bombeiros, o que facilitaria
de imediato o trânsito todo! Que é como quem diz: «Está com um só sentido e com
um só sentido há-de ficar, nem que a burra cante o fado!».
Em
contrapartida, à saída da 3ª circular para sul, o pessoal utilizava sempre como
escapadela a Rua Romano Esteves e até a firma das inspecções automóvel lá plantara
placa a dizer que era esse o melhor caminho. Óptimo, de facto, não incomodava
ninguém (pelo menos, assim parecia). De um dia para o outro, zás! Apareceu uma
placa de sentido proibido! De quem teria sido a ideia? Certamente a inopinada
decisão, foi, porém, submetida a reunião de Câmara e todos assinaram de cruz.
Se calhar, os senhores vereadores até nem sabem onde fica a Rua Romano
Esteves!...
Mas
a reabertura da Rua Humberto Delgado, essa até teve direito a inauguração, com
presença de autoridades municipais, pois então!
O secretário de Estado que antes de ser já o era!
No sábado, 3 de Agosto, o relevo era
dado, nos noticiários da manhã, à opinião expendida no dia anterior por Marques
Mendes, no seu habitual comentário semanal da SIC:
«Eu acho que este secretário de
estado não devia ter ido para o Governo!»
Como é, senhor Marques Mendes? Então, Pais
Jorge antes de o ser... já o era? Temos médicos, advogados, professores e
também já há 'secretários de Estado'?!... É profissão? O que o senhor
comentador queria dizer era, decerto, que, em seu entender, este senhor não
deveria ter ido para secretário de Estado!...
Morreu o senhor João
Piscina
do Tamariz sem o Sr. João era impossível de existir, tão simpática, eficiente e
afável a sua figura, sempre discreta e de sorriso nos lábios. Deixou-nos, aos
71 anos. Que descanse em paz!
E não seria mal pensado que, num
recanto da piscina, fosse colocada lápide em sua memória!
«A
família do Tio João»
Terçando armas pelo direito à construção de comunidade através da comunicação social local, aqui dei conta da asneira feita em
Bragança, ao acabarem com um programa que reunia em torno de si as gentes da
cidade e arredores (Costa do Sol, edição de 3 de Julho, p. p., transcrito em http://notascomentarios.blogspot.pt/2013/07/proximidade-precisa-se.html).
Acabo de receber de Bragança a
informação:
«Já temos novamente o
programa, não "Bom dia, Tio João", mas " A Família do Tio
João", de segunda a sexta das 6h00 às 8h00 e sábado das 6h00 às 10h00. Reiniciou-se
no passado dia 6, transmitido por outra rádio local, a "Rádio
Brigantia". Ainda bem! As pessoas que ouviam/participavam no programa
ficaram muito satisfeitas, pois ainda há muitas pessoas, principalmente idosas,
que vivem num isolamento muito grande e este programa ajuda-as a minimizar um
pouco essa situação».
A
minha interlocutora brigantina lera o meu texto, onde eu preconizava maior
acessibilidade à zona ocidental de Cascais e acrescentou:
«Espero
que a zona ocidental de Cascais já esteja mais acessível! Por vezes perdemos
por falar, mas neste caso por falar não se perde nada!».
Respondi-lhe
que… não, tudo continuava na mesma!
Rota da arquitec tura de
veraneio
Tive ensejo
recentemente de arguir dois trabalhos académicos sobre a arquitec tura de veraneio em Cascais: um, na Escola
Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, para especialista; outro, de
licenciatura, na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, em Lisboa.
Curiosamente,
há semanas largas que começaram a ver-se pelo chão da vila placas redondas com
a indicação «Rota da Arquitectura de Veraneio». Se se vai à página da Câmara,
nada se consegue saber de concreto a esse propósito. Mas decerto algo deve
haver na manga e a plantação das plaquinhas será sementeira de uma seara maior.
Aguardemos!
Publicado em Costa do Sol – Jornal Regional dos Concelhos de Oeiras e Cascais,
nº 10, 14-08-2013, p. 6.
Caríssimo José da Encarnação:Ao ler a sua nota sobre a "Rota da Arquitectura de Veraneio", e a sua estranheza sobre a ausência de informação acerca das "placas redondas" "plantadas" no chão da vila,fez-se-me um "clique", e pensei: "Mas eu já vi qualquer coisa acerca da "Rota da Arquitectura de Veraneio", e foi há pouco tempo".
ResponderEliminarDe facto, no ultimo numero do "C", Boletim Municipal, com data de 8 de Agosto, que como de costume nos chega à caixa do correio, em plenas páginas centrais, traz a planta da vila, com a indicação do nome, em português e inglês,de 36 exemplares da dita arquitectura, sua localização toponímica, e tecnologia oblige"...
as coordenadas do GPS..., a indicação da distancia, a dificuldade do percurso e o tempo de duração... Vou guardar estas páginas e preparar-me para a dita visita.
Bem haja, amigo Eduardo, pela oportuna informação! Ainda não me chegara às mãos esse nº do boletim (nem sempre ele é distribuído na Pampilheira), pelo que desconhecia que tivesse havido documentação divulgada. Na verdade, porém, é que, até ao momento em que redigi esse texto, nada me pareceu existir sobre o assunto na página do Município.
ResponderEliminarAlice Alves escreveu (sábado, 17 de Agosto de 2013 19:58): "Gosto, porque também eu estou farta de andar às voltinhas de autocarro, pelas ruas de Alcabideche!!!"
EliminarAna Ribeiro "Nem que a burra cante o fado"... Acho lindo, pronto...
17/8 às 1:56 • Gosto
Ana Constante gosto do título!
17/8 às 11:14 • Gosto
Agradeço aos que tiveram a gentileza de ler e de comentar, designadamente no facebook, donde tomei a liberdade de retirar estes elementos. Informaram-me, a propósito deste caso de Alcabideche, de que corre por lá o boato de que se aprontam para dar à Rua de Cascais sentido único. Mais uma ‘receita’ colhida em manuais técnicos, inadaptada (a meu ver, humilde mortal!) à realidade. Mas, como sói dizer-se, os senhores técnicos é que sabem! E a população não estudou e, se reclamar, não tem razão, devido a essa ignorância intrínseca que lhe assiste!