Uma
história, decerto, ainda por fazer e que ora me ocorreu, ao ler a notícia de
dois falecimentos na edição de Julho do nosso jornal.
A
primeira, a de Maria Floripes Martins Guerreiro, que, nascida a 13 de Dezembro
de 1926, vivia há mais de 50 anos na Argentina, país para onde, na verdade,
foram muitos dos nossos.
A
segunda, mais pormenorizada, refere-se à nossa Júlia Estrada Viegas, de 106
anos, natural de São Romão. Informa Eduardo Eusébio, que redige a nota
necrológica, que «aos 13 anos foi para a Califórnia, onde viveu no Rio Dell,
lugar bem conhecido de muitos são-brasenses que aí viviam quando trabalhavam
nas fábricas de madeira da cidade vizinha de Scotia».
A
Califórnia foi, na verdade, outro dos destinos; mas este pormenor da actividade
ali exercida merece ser sublinhado e, quiçá, alvo de alguma investigação – para
que a memória não se perca! Na verdade, a existência dessa cidade californiana
está intimamente ligada à exploração das vizinhas florestas de sequóias (a
chamada redwood, entre as quais avulta
a célebre sequoia sempervirens), exploração
que foi, durante muitos anos, a actividade primordial da empresa PALCO, nome
por que era conhecida a Pacific Lumber
Company, detentora desse autêntico «império» da redwood.
[Publicado
em Notícias de S. Braz (S. Brás de
Alportel), nº 201, 20 de Agosto de 2013, p. 21].
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