Custa-me,
na realidade, encarar a desvairada situação actual: dum lado, alfarrobeiras,
oliveiras, figueiras e amendoeiras por apanhar, por tratar; do outro, uma
juventude (e não só) que não tem emprego e queria ter. Apanhar alfarroba ou
amêndoa ou mesmo os figos para depois secarem no almanxar é, porém, tarefa que
se não coaduna com os estudos que fizeram e é mal paga, em seu entender. Os produtores,
por seu turno, consideram que lhes dá menos prejuízo deixarem tudo assim do que
pagarem jornas que significam débitos sem contrapartidas.
Uma
situação que todos bem conhecem; uma situação que requer, porém, mui urgente
inversão, que exige uma inteligência que, a nível local (não, não vale a pena esperar
pelos governos, porque os seus membros disso nada percebem…), meta mãos à obra,
ponha a gente a pensar, realize colóquios e… vamos à acção!
Assim,
como estamos, não dá! Há que mudar mentalidades, há que ponderar: cinco, embora
pouco, é melhor que zero!...
Publicado em Notícias de
S. Braz [S. Brás de Alportel], nº 208, 20-03-2014, p. 21.
A Dra. Dália Paulo, Chefe de Divisão de Cultura e Património da Câmara Municipal de Loulé, teve a gentileza (que muito agradeço!) de dar-me a seguinte informação, que corrige o que escrevi acerca do encerramento do Pólo Museológico dos Frutos Secos:
ResponderEliminar«O Pólo Museológico dos Frutos foi inaugurado em 1998 (dezembro) e esteve fechado durante mais de ano e meio, tendo reaberto ao público a 1 de fevereiro de 2014. Foi uma das primeiras ações que tomei por várias razões! E, para além da abertura, estão a ser dinamizadas oficinas, em colaboração com o projeto TASA no espaço do Pólo Museológico. Mais informo de que reabriu com a museografia inicial. E que este é um dos espaços do projeto “Loulé, cidade de mercados”, uma iniciativa da sociedade civil e da CMLoulé.».
Congratulamo-nos!