Sentiram,
desde cedo, o apelo do seu calcário e deixaram-se seduzir, numa relação amorosa que lhe aguçou o engenho e os tornou peritos
na arte de afeiçoar a pedra a seu bel-prazer. Demandaram Marrocos e foram famosos.
Demandaram, nas décadas de 40 e 50, Cascais e outras terras da Grande Lisboa,
onde imponentes obras os chamaram. E, na sua terra, esmeraram-se nas
esculturas, no baixo-relevo, no requinte do pormenor daquele lintel de porta ou
na perfeição arquitec tónica daquele jazigo.
Mestres
numa arte deveras imorredoira, levaram bem longe o nome de S. Brás. Merecem,
pois, que os imortalizemos também.
Nota: Foi este texto, subordinado ao título «Circular no presente pelas
histórias do passado… Rotunda dos canteiros», inserido na agenda cultural São Brás Acontec e,
Câmara Municipal de S. Brás de Alportel,
Março 2017, p. 16. Precedeu-a a seguinte explicação ,
da autoria da coordenadora da edição ,
Dra. Marlene Guerreiro:
«À rotunda da Variante Sul que
dá acesso, para norte, ao sítio da Calçada; e, para sul, ao sítio dos Funchais,
terra rica em rocha calcária, onde ainda se localizam algumas das pedreiras do
concelho, foi atribuída a simbólica designação
de Rotunda dos Canteiros num convite a conhecer melhor este ofício que marc ou a história de gerações…».
Filomena Barata
ResponderEliminar13/3 às 23:05
«E, na sua terra, esmeraram-se nas esculturas, no baixo-relevo, no requinte do pormenor daquele lintel de porta ou na perfeição arquitectónica daquele jazigo». Gostei.
Maria José de Matos
ResponderEliminar14/3 às 10:49
Do estatuário à catedral, construindo sempre o projecto que levará à perfeição da pedra como à do ser humano.
Manuel Esmenio 15/3 às 11:07
ResponderEliminarLindo texto!