Mesmo
antes do 25 de Abril, apesar da repressão salazarista, os trabalhadores das
pedreiras da zona de Cascais acompanharam a tradição saloia de ir à orla
marítima e preparar num dos recantos do pinhal adjacente, da Marinha, uma caldeirada, à boa maneira
dos pescadores cascalenses, normalmente na
área da Guia ou do Cabo Raso. A ânsia de manter essas propriedades como
privadas com a sua consequente vedação e o medo – inútil, neste caso – de se
provocar um incêndio levaram a que se proibisse essa tradição, que hoje felizmente
se mantém nas colectividades mais antigas e nos grupos que assim relembram os
tempos de outrora. Há caldeirada no União Recreativa da Charneca; há prato de
caldeirada nos restaurantes geridos por gente de Cascais.
António Clérigo mostra o trofeu comemorativo do convívio, perante o olhar admirado de Celestino Costa. |
Este
ano, mais de duas dezenas de canteiros da área de S. Domingos de Rana voltaram,
pois, a reunir-se em torno de um enorme tacho de mui saborosa caldeirada, onde
nada faltou, mormente a boa disposição. A reunião ocorreu, como já vai sendo
hábito, em Trajouce, no barracão de um dos canteiros, barracão que mais parece
um museu de antiguidades; e não faltou, além do acordeão, a rifa de um objecto
de pedra, alusivo ao convívio e que, por norma, o premiado oferece ao Museu do
Caracol, que deles já guarda uma boa colecção.
A
Associação Cultural de Cascais sempre apoiou estes convívios e, por isso,
quatro dos seus membros, nomeadamente da direcção, não deixaram de estar
presentes.
José d’Encarnação
Parte da mesa, em meio de um barracão, que mais parece um museu de velharias, onde pode encontrar-se de tudo! |
No final, a foto para a posteridade! |
Lucinda Ferreira Ferreira 6/5 às 8:26
ResponderEliminarA vida tem pequenos encantos que quem está atento usufrui com alegria. Pois seja assim! O importante é que se sintam felizes!
Zé Rocha
ResponderEliminarEu também sou SALOIO!
Comentário meu: E com muita honra, sei-o bem! E quando assim o proclamas, queres dizer que também te regalaste no 1º de Maio com uma caldeirada a preceito?
Hans Wilhelm Daehnhardt
ResponderEliminar6/5 às 17:45
Que saudades de uma boa caldeirada!!!!!!!!! Coisa que na Germania Ulterior não existe:::::::::::::::::::