segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Emanuel Sancho reconhecido

            Em cerimónia realizada, a 29 de Outubro, no Museu da Marinha, em Lisboa, Emanuel Sancho recebeu – juntamente com Anísio Franco, Francisco Clode e Isabel Victor – o PRÉMIO «Museólogo do Ano» 2021, galardão que lhe foi concedido pela Associação Portuguesa de Museologia.

            Recorde-se que o Presidente da Direcção desta Associação, Dr. João Neto, director do Museu da Farmácia, se deslocou não há muito tempo a S. Brás, a fim de ver in loco a situação do Museu do Traje, o trabalho aí desenvolvido com tão escasso material humano (dizem-me que terá apenas três funcionários!) e, sobretudo, o enorme papel que está a desenvolver, apesar de tudo, em prol da integração cultural de toda a população são-brasense, nomeadamente da numerosa ‘colónia’ estrangeira. E terá ficado muito satisfeito com o que viu; daí, o galardão concedido a quem – depois dos venerandos irmãos Cunha, sacerdotes que foram os motores da criação do Museu – tem logrado manter a instituição com actividade cultural de relevo.

           Na ausência – espero que bem provisória – de um arquivo municipal capaz de arrecadar objectos que as novas gerações herdaram dos antepassados e não sabem que lhes hão-de fazer, os quais – queiramos ou não – constituem memórias ímpares da nossa identidade, Emanuel Sancho tem procurado arranjar espaço para guardar todos os espólios antigos a correr risco de abandono e deterioração. Uma actividade, também essa, deveras meritória, a necessitar do maior apoio por parte de entidades públicas e privadas.

          Como museólogo e como são-brasense, sinto orgulho no lugar cimeiro a que, por exemplo no âmbito da chamada Museologia Social, o Museu do Traje, por via do empenho de Emanuel Sancho, logrou alcandorar-se.

Honra ao mérito!

 

José d’Encarnação                     

Publicado em Notícias de S. Braz [S. Brás de Alportel], nº 300, 20-11-2021, p. 13.

2 comentários:

  1. Gostei muito de ler este pequenino texto, tão bem recheado de informação e de bairrismo. Com curiosidade fui dar uma vista de olhos por essa mansão (18 salas?) dos fins do século XIX e que, mantendo as características originais, hoje alberga, ao estilo dos melhores do género, um belo Museu do Traje em São Brás de Alportel. Prémio merecido para o seu director, que ali reuniu e preservou elementos para um estudo etográfico de relevo.

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