quinta-feira, 11 de abril de 2013

Andarilhanças 68

Back office!
            Liguei, outro dia, para um número de telefone das Águas de Cascais. No meio da conversa, perguntei se o assunto em questão seria tratado na Aldeia de Juso.
            – Não, aí é o nosso back office!
            Senti uma tristeza imensa!

Árvores na Júlio Dinis
            A ideia foi boa: proporcionar sombra e um pouco mais de oxigénio nesta artéria do Bairro da Pampilheira, em Cascais. Sucede, porém, que as árvores cresceram, ocuparam o passeio (que já era minúsculo) e, agora, carrinho de bebé ou idoso tem de ir passar pelo meio da rua, pois que, entretanto, a via passou a ter apenas um sentido, a fim de possibilitar o estacionamento automóvel, que é precisamente desse lado.
            Custa-nos propor, mas – perante o que se vê – há que cortar as árvores!

Ainda o encerramento da 3ª circular
            Um abatimento na subida da 3ª circular na tarde do dia 20 de Março levou a PSP a cortar o trânsito no sentido do Cobre desde os semáforos sobre a Ribeira das Vinhas. Medida desastrosa, que não obedeceu a qualquer discernimento e que provocou um dos maiores engarrafamentos de que há memória desde aí até ao centro da vila, porque… não foram dadas alternativas a não ser a passagem pelo Carrascal de Alvide ou pelo Bairro S. José, o que congestionou tudo desde Alvide ao mercado de Cascais!
            Felizmente que – mais de três horas depois da ocorrência! – houve o bom senso de abrir ao trânsito ascendente uma das faixas sul, aliviando a pressão, como pode ver-se pelas fotos tiradas na manhã seguinte.
            Retomo o assunto para três apelos:
            1º) Há que ministrar aos agentes de autoridade que andam no terreno lições práticas de acção imediata;
            2º) Há que dar dois sentidos à rua que, no final da auto-estrada, pode permitir a saída para a zona de Birre, a fim de se evitar o constante engarrafamento na rotunda de Birre
            3º) Há a necessidade urgente de se retomarem os estudos de viabilização do traçado da 2ª circular, dado que o desenho do tráfego, à entrada leste da vila de Cascais, obriga toda a gente a ir à rotunda de confluência com a Avenida de Sintra.

A entrada para Alcabideche
            A sensação a se tem é que, por da cá aquela palha, os empreiteiros optam para solução mais fácil: encerrar ao trânsito as vias onde estão a fazer obras, com o maior desrespeito pela população e, inclusive, pelos transportes públicos.
            Esses desvios provocados por obras (porventura autorizados, embora eu não acredite, honra seja feita aos técnicos camarários!...) estão a pôr a cabeça em água aos automobilistas. Não se admite, por exemplo, que, para se abrir uma vala no troço da rua principal de Alcabideche entre a rua dos bombeiros e a rotunda do moinho, aí se corte o trânsito por completo e durante vários dias, o que obriga a desvios incríveis pelo emaranhado de ruas da povoação, cujos sentidos únicos originais se mantiveram, quando, nesta emergência, deveriam ser provisoriamente anulados. A possibilidade de dar sentidos, nomeadamente, à rua que serve o quartel dos bombeiros seria da maior conveniência. E não há quem veja isso?

Nascente
            Chove um pouco mais e rebenta uma nascente junto à rotunda de Birre e a água vem por aí abaixo, encharcando a estrada e atrapalhando os condutores, que têm de estar aí de olhos bem atentos!
            Há anos e anos que isso acontece! Não há nenhuma entidade que o veja?
 
O menino rabino
            «Eu sei que a lei é esta; mas eu vou atirar o barro à parede, a ver se pega».
            Demorou, mas não pegou.
            E o menino rabino deu em barafustar contra a autoridade que optara por respeitar a lei e repreender o menino. E o menino ripostou:
            – Ai é assim? Querem fazer cumprir a lei? Vão ver como elas vos mordem!».
            Não sei, porém, se, assim solto, o enxame de abelhas será bem mandado e não picará também inexoravelmente as mãos, o rosto, os olhos, tudo… daquele que o soltou!

Publicado em Jornal de Cascais, nº 335, 10.04.2013, p. 6.

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