No
Alto da Galiza (S. João do Estoril, Cascais), era o fim do mundo; Irmã Elvira,
das Filhas de Maria Auxiliadora, fomentou o mila gre.
E há a singular igreja da Senhora da Boa Nova, o auditório, uma comunidade… O
espírito salesiano alastrou e singelo ATL (núcleo de Actividades de Tempos
Livres), aparentemente igual a tantos, encontrou em Maria Gaivão a outra taumaturga:
Vam’lá! Essa, a expressão mágica, diária,
que desconhece o significado da palavra hesitação .
Assim,
os Guerreiros da Galiza, feliz designação
da Escolinha de Rugby ali criada em Setembro de 2006. Desvairada loucura,
comentou-se; todavia, o mila gre veio
sob a capa de mais um «vam’lá!».
Foi
pequeno o auditório do Centro Cultural de Cascais para tanta gente que ali
acorreu, no final de tarde do passado dia 12 de Setembro. Pretexto: o
lançamento do elucidativo (e bonito!) álbum Os
Guerreiros da Galiza. Foi a Câmara Municipal op patrocinador executivo; a
Biorumo (Consultadoria em Ambiente e Sustentabilidade), a patrocinadora
editorial. Colecção de nome
sugestivo: Pequenos Nadas! – que de pequenos nadas, afinal, se nos entretece a
existência!... Coordenação de Nuno
de Oliveira e Catarina Mota; texto de Lúcia Cruz; maquetização de João Mota; ISBN: 978-972-99688-6-0.
Para
além das fotos, a darem conta de que são os incríveis instantâneos dos
praticantes de râguebi em acção , os depoimentos
da Câmara, da Santa Casa, de Maria Gaivão: uma entrevista a Tomaz Morais; a
história da «escolinha guerreira» (a ideia ,
os primeiros tempos; os guerreiros que criam, que confiam, que conquistam, que ajudam…).
Nas capas interiores, o rol dos guerreiros… Aqui e além, em destaque, as frases
que norteiam esta ‘guerra’:
«É
também através da promoção de uma actividade
desportiva contínua que os jovens podem adquirir valores e atitudes importantes
e com grande reflexo no futuro de cada uma dessas crianças». «Não é preciso
ficar triste, que da próxima vez sairá bem melhor. Não te esqueças que estás a
aprender!».
«Estas
crianças estão habituadas a aguentar no limite tudo o que lhes acontece e a sua
determinação torna-as verdadeiras
vencedoras».
Nuno
Oliveira, da editora, abriu a sessão, a explicar como tudo começou. Isabel
Miguéns, provedora da Santa Casa da Misericórdia de Cascais (a que o ATL
pertence), recordou como a prática desportiva integra eficazmente a acção educat iva;
louvou os voluntários e a vasta equipa responsável pelo projecto; sublinhou
como o aumento do sucesso escolar constituía visível reflexo dos benefícios
obtidos; frisou a necessidade do imprescindível recurso à competência,
concluindo que, também aqui, «já se rompeu a barreira do bairro». Luís Soares,
da Biorumo, disse do orgulho da sua empresa em ser parte integrante do projecto.
Por fim, o presidente da autarquia centrou a sua reflexão em quatro pontos:
sucesso, felicidade, amor ao próximo e comunidade: «É espantoso», disse, «o que
se consegue com tão pouco; como, afinal, a felicidade é atingível através de
coisas simples».
A
actividade destes guerreiros do ATL da Galiza pode ser seguida em http://www.facebook.com/escolinhaderugbydagaliza.
E no blogue:
http://escolinhadagaliza.blogspot.pt/
E no blogue:
http://escolinhadagaliza.blogspot.pt/
Publicado no Cyberjornal, edição de 16-09-2013:
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