Não
posso, por isso, deixar de me fazer eco e de vivamente me congratular – quer
como são-brasense quer como historiador – com dois textos publicados no último
número (Novembro 2013) do nosso jornal.
Na série «Cem
textos de solidão» (p. 16), Vítor Barros, com aquele seu estilo fluente e
deveras alicia nte de contar
histórias, descreve a conversa com a mãe acerca
de como se faziam as papas de milho: «Foi com a minha avó, tua bisavó Francisca,
que me habituei a ver e aprendi a fazer as papas de milho que vocês agora por
brincadeira querem». Por sinal, elevada que foi, no passado dia 4, a Património Cultural
Imaterial a dieta mediterrânica, em que as referidas papas de milho ocupam lugar
especial, não é «por brincadeira» que as queremos, é porque assim deve ser! E narra
o Vítor tintim por tintim como sua mãe lhe contou – e assim se deve fazer!
Manuel
Brito Guerreiro, por seu turno, sob o título «A vida rural em terras do
Alportel», evoca, na página 23, como se vivia, quais os hábitos e os costumes
ali, em meados do século XX. É um texto pormenorizado, que guardei, pelas inúmeras
informações que dá, de uma experiência vivida, que, se não fosse passada a escrito,
corria sério risco de se perder.
Os
meus parabéns, portanto, aos autores (continuem!) e ao nosso director, que tão
sagazmente aceita para publicação
estes textos portadores da nossa identidade, veículos da nossa memória!
Publicado em Noticias de S. Braz [S. Brás de Alportel], nº 205, 20-12-2013, p. 14.
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