Porventura não serão
muitos os que saberão ser S. Pedro do Estoril o topónimo sucessor de Cai Água,
nome que adveio à zona por lhe ser característico o rumorejar, estrepitoso por
vezes, da água que, de uma azenha (e não só), caía arriba abaixo.
Cai-Água - postal reproduzido no livro O Passado nunca Passa, de José Santos Fernandes |
Esse,
pois, o nome escolhido pelo Núcleo de Amigos de S. Pedro do Estoril para o seu boletim.
Tem o nº 28 o que se refere ao mês de Abril e valerá a pena assinalar que, no
editorial, Manuela Duarte se faz eco da opinião (arriscaria afirmar que generalizada)
da população local contra a lei «tão fria e cega quão nefasta, aplicada após as
Eleições de 29 de Setembro de 2013» que fundiu a freguesia do Estoril à de Cascais,
sob o pretexto, gizado por «incumbência do então Ministro Miguel Relvas» de se
fazerem poupanças, hoje bem duvidosas, afinal. De resto, a nova União «é maior que
muitos concelhos do País e, em número de habitantes, ultrapassa em vários
milhares o máximo previsto», que era de 50 000 e… somos 62 000!
Cai-Água - óleo do Conde de Almedina |
Reitera
Manuela Duarte o seu «repúdio a esta forma simplista, errática e apresada de se
retalhar o território», sublinhando que a citada «Lei Relvas» «escamoteia as originalidades
dos dois territórios antes autónomos, desvanece e dilui a história e a arquitectura
de cada um deles, mistura tipicidades e, pior que tudo, não garante o melhor
bem servir a causa pública nem promove ou agiliza um maior progresso».
No
interior do boletim, informação sobre a nova designação da escola EB1 de S. Pedro
que passa a ostentar o nome da benemérita Profª Hortênsia Correia e notícias ilustradas
sobre as actividades desenvolvidas, nomeadamente no Centro de Interpretação
Ambiental da Pedra do Sal.
No Palácio da Cidadela
Vale a pena
visitar a exposição patente, até 30 de Agosto, nos baixos do Palácio da
Cidadela de Cascais, intitulada «Pintores e Arquitectos nos Palcos
Portugueses», uma bem curiosa panorâmica acera da actividade desenvolvida por arquitectos
e pintores no âmbito da «construção e concepção plástica do Espectáculo, nas suas
mais variadas formas: na ópera, na dança e no teatro musicado ou declamado», um
«tributo àqueles que, não se tendo dedicado em exclusivo às artes do palco, a
elas apenas consagraram uma parte da sua carreira artística e profissional», como
refere José Carlos Alvarez no catálogo, que inclui um apontamento sobre cada um
dos nomes representados.
Uma
organização do Museu da Presidência da República em parceria com o Museu Nacional
do Teatro e da Dança. De quarta a domingo, das 14 às 20 horas.
No Condes de Castro Guimarães (Cascais)
No piso superior
do Museu Condes de Castro Guimarães, sob curadoria da Professora Raquel
Henriques da Silva, está exposta, até 20 de Setembro, pintura naturalista que integra
a colecção Millenium BCP. A entrada é gratuita, de terça a sexta, das 10 às 17
horas; aos sábados e domingos fecha à hora de almoço (das 13 às 14).
Explica-se
no sugestivo catálogo que, «para os naturalistas, o campo, as paisagens
ribeirinhas ou marítimas detinham uma superioridade moral em relação à cidade»
e que «ao longo de paisagens e narrativas do quotidiano o que mais apaixona os
pintores é captar um momento».
São
19 os pintores representados, entre os quais Carlos Reis, José Júlio de Sousa Pinto,
José Malhoa, Henrique Pousão…
A
não perder!
José
d’Encarnação
Fiquei encantada.
ResponderEliminarO Conde de Almedina era o meu Trisavô e foi o grande dinamizador do Museu de Arte Antiga. Um grande beijinho do seu trisneto Chico Aragão !
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
EliminarCaríssimo
EliminarNão tinha a menor ideia que o meu trisavô (ainda não cheguei lá na árvore genealógica e, por isso, nem sei quem foi) fosse pintor e tivesse andado por Bornes!
Esta mensagem será mesmo para mim?
Cordialmente
José d'Encarnação
peço desculpa pelo equivoco pensei que perguntava a pessoa que respondeu( Unknown22 de julho de 2018 às 11:45)
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