E,
em jeito de final de Verão, houve por bem, desta feita, ir à prateleira buscar
levíssimos apontamentos.
Areia
Próximo da Praia
do Guincho, praticamente ignora do
pelos técnicos que superintendem na reflexão sobre os topónimos a incluir nas
placas de sinalização , o lugar da
Areia foi atormentado por obras viárias durante o Verão todo. Há um parque de
estacionamento em construção
(esperemos que se não sigam económicos exemplos…) que muito jeito vai dar aos
muitos que demandamos a povoação
para um agradável petisco.
Sinfónica
Constituiu um
êxito a actuação da Orquestra
Sinfónica de Cascais no fecho das noites das Festas do Mar. Tocou temas de
filmes conhecidos, as imagens complementaram o que se ouvia, o grande à-vontade
e contagiante simpatia do maestro Nikolay Lalov (que até ousou pôr o edil máximo
a reger um dos trechos!…) – tudo isso, aliado à amenidade da noite, contribuiu para
um encerramento em beleza.
Parques
Tenho,
naturalmente (como todos os munícipes), uma opinião acerca das tarifas dos
parques cascalenses; contudo, não posso deixar de assinalar que, logo no início
do Verão, foram colocados, às entradas da vila, painéis digitais a informar, a
todo o momento, qual a lotação
disponível dos três principais parques camarários: o do Parque Marechal
Carmona, o Cascais Center (que é por baixo do edifício onde estão instalados os
correios e a Loja do Cidadão, frente às Finanças) e o do Estoril Residence (à
entrada do Parque Palmela). Boa ideia !
Por
outro lado, se – creio que já há uns três anos – havia indicações precisas
quanto ao acesso a hotéis, a sinalização
de acesso a estes parques aprimorou-se também.
E,
por falar em parques, tive boa surpresa ao acompanhar familiares meus,
emigrantes em França e que, este ano, decidiram marc ar
férias para Cascais, daqui tendo feito quartel-general. Na Praia da Comporta
(município de Grândola), havia carros estacionados ao longo do caminho que
desde a estrada N-253-1 leva ao areal; no parque ju nto
à praia, pagam-se três euros (quatro, aos fins-de-semana) pelos primeiros
quinze minutos e o resto do tempo é… gratuito!
Mercado da vila
Gosto da designação e aprecio a valorização
feita: a metade nascente, sob o ‘toldo’, para o mercado saloio das manhãs de
quarta e sábado, uma tradição ainda
bem viva; na metade poente, o que ora se designa ’conceito’ de tasquinhas. O
povo aderiu à ideia e, aos
fins-de-semana e nas noites calmas, vive-se Cascais ali. Metade da ‘praça do
peixe’ transformou-se em paraíso para os apreciadores de marisco e, do outro
lado, o que era mercado quotidiano deu lugar a quem, sem sair de cá, gosta dos
sabores italianos.
O Estoril
Também deu cartas
o Estoril neste Verão. O Parque fronteiro ao Casino foi cenário de singulares
iniciativas (uma das quais, inopinadamente, de… «tasquinhas»!...).
No
Casino, para além do espectáculo de Filipe La Féria, «A Noite das 1000
Estrelas», a registar enchentes no Salão Preto e Prata, com excursões a virem
de todo o País, houve renovada sequência de espectáculos teatrais no auditório
e a música foi rainha nas noites do átrio central, por onde estão a passar
inúmeros artistas da canção e do
fado (à quarta-feira, então, guitarras trinam por lá!...).
Tempo
foi igualmente para a tradicional Fiartil, Feira Internacional de Artesanato do
Estoril, velhinha de 51 anos (se não erro), que serenamente se aninhou, sem
fazer ondas, no acolhedor pinhal frente ao Palácio dos Congressos. Aninhou-se.
Não fez ondas. Era o que se pretendia.
José d’Encarnação
Publicado em Costa do Sol – Jornal Regional dos Concelhos de Oeiras e Cascais,
nº 107, 09-09-2015, p. 6.
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