Se
reflectirmos pausadamente, motivos haverá a apontar; diversos, consoante as pessoas
e os seus interesses e hábitos. Contudo, se aos mais novos os concertos de
livre acesso levados a cabo por artistas de seu agrado no espaço central (que foi,
antes, Jardim de Inverno e depois Du-Arte Garden e, agora, Lounge D – designação
mais ajustada ao internacional linguajar), aqueles que ao espelho penteiam as
cãs lembrar-se-ão sempre do que significa esse reencontro de amigos no
aconchego do Salão Preto e Parta, antes de soarem as doze badaladas do 31 de
Dezembro, nos momentos doces que se lhes seguem e no entusiasmo proporcionado
pelo artista convidado a saudar a entrada do novo ano.
Assim
será, nesta passagem de 2015 para o bissexto 2016. No voto de que, sendo mais
longo, mais breve seja nas mágoas de um quotidiano que ora se deseja venha a
ser mais promissor.
Tripla
será a ementa.
Primeiro,
a do jantar (esse lavagante do Atlântico deitado em cama de espargos
selvagens!...); a da ceia (seu porquinho ibérico a jazer em pão de caco
madeirense…); e a das altas horas, a lembrar idas d’outrora até ao cacau quente
da Ribeira!...
E
a Ribeira traz-nos outros tempos, que a azougada Fafá de Belém (de Belém do
Pará, entenda-se, brasileirinha de gema!...) ora vem fazer reviver. A presença
de Fafá como que nos fará regressar à década de 80, onde amiúde alegrou Carnavais
e passagens de ano. Um elo de ligação entre o passado e o presente:
«São
30 anos de parceria com o Casino Estoril e um caso de amor com Portugal.
Agradeço ao Grupo Estoril-Sol ter aberto as portas desta minha segunda casa,
assim como o carinho e afecto que me deram ao longo destes anos» – fez questão
de confessar.
Terceiro
‘prato’ da ementa: a actuação de Paulo Gonzo «cá fora», no Lounge. Com um
genuíno ambiente festivo, Paulo Gonzo dará um concerto especial, com que deseja
celebrar os seus 40 anos de carreira! E, aqui, a entrada é livre!
Poderia
não assinalar o condimento geral destas três ementas, por ser evidente: mas
cumpre fazê-lo! É que, este ano, numa altura em que as entidades públicas
cascalenses, inteiramente submergidas nas delícias da impessoal (e fácil!)
informática, parecem esquecer-se das pessoas – por mais que diversamente o
proclamem! – a Administração do Casino fez questão em mostrar, de forma mui
cordial, que, na verdade, são mesmo as pessoas que contam e sem a colaboração
das pessoas nada se poderia fazer nem 2016 – mesmo com um dia a mais! – se poderia
antojar esperançoso, alfobre de vida melhor!
Saúdem-se,
pois, os cantares que o novo e bom ano querem anunciar!
José d’Encarnação
Publicado em Cyberjornal, 28-12-2015:
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