Por
conseguinte, na sequência da saudação ,
vai o voto aos que hoje aceitaram a dificuldade do leme e se comprometeram a
navegar serenamente.
Foram
lembradas as Obras de Misericórdia, objectivo maior – e único, aliás! – desta vetusta
Santa Casa. Proclamou o Papa Francisco o jubileu da misericórdia. Estamos no Ano
da Misericórdia. E, por isso, o caminho volta a estar bem apontado. E urge
percorrê-lo!
Quantos
tiveram a gentileza de encher a nossa igreja para testemunhar a solenidade deste
acto sabem-no bem: é esse, o caminho das obras de misericórdia, que urge percorrer.
Não me enganarei, porém, se disser que não é caminho a fazer a sós, quais
anacoretas no deserto! Não há deserto, não há anacoretas! Há… partilha! E tem
de haver. Que esta obra, afinal, a todos pertence, que no mesmo barco todos estamos!
Há que dar as mãos, limpar atalhos, fazer brotar as nascentes!
Siena: a torre da comuna e a torre da catedral. Diálogo ou... despique? |
Quando
se observa do ar a cidade de Siena, mergulhado todo o casario na quente coloração do tijolo, há dois riscos brancos, altaneiros,
no horizonte: a torre da catedral, imponente no seu revestimento marmóreo, e a
torre da comuna, imponente também ela no seu revestimento marmóreo. O poder
político e o poder religioso – em diálogo ou ao despique! A interpretação cabe a quem olha, de acordo com a sua ideologia
e – porque não? – os seus objectivos de vida!
Nós,
hoje, aqui, queremos proclamar que, se torres houver pelo caminho, que seja
para nelas desfraldarmos, na serenidade de benéfica aragem, as bandeiras da fraternidade
e da mútua compreensão. Bandeiras iguais, porque, se, como reza o lema autárquico,
«Tudo começa nas pessoas», importa lutar por que tudo continue e tudo acabe nas
pessoas. Que para elas jurámos trabalhar!
José d’Encarnação
Sem comentários:
Enviar um comentário