O
que é, hoje, no concelho de Cascais, uma escola de referência, dotada das mais modernas
instalações, que servem não apenas os seus estudantes mas também à comunidade,
foi, nos primeiros tempos, a escola de formação
dos que desejavam seguir a vida monástica nas fileiras da Congregação Salesiana: o Instituto Missionário Salesiano.
Aí
funcionaram, sensivelmente até 1980, o Noviciado, o ano de reflexão antes de se
proferirem os votos religiosos que constituíam a entrada oficial na Congregação ; a Filosofia, cinco anos de estudo quer dos
programas do Curso Liceal de então quer de programas específicos de
aprendizagem do pensamento filo sófico,
nomeadamente cat ólico. Houve,
também, a princípio, a Teologia, último período, de quatro anos, antes da ordenação sacerdotal; mas depressa se pensou que tanto a Universidade
Católica como outros centros de ensino salesiano espalhados pela Europa
poderiam ser mais eficazes nesse complementar da formação ,
passando, pois, a casa de Manique a ser residência para esses estudantes
salesianos até 1996. Hoje, na parte do edifício que era do Noviciado, funciona também
uma residência, mas que acolhe os salesianos idosos, já retirados da
actividade.
No
momento em que começaram a escassear as vocações, nomeadamente a partir da década
de 70 do século passado, os Salesianos compreenderam que se tornava necessário
– na sequência da abertura à comunidade, através do chamado «oratório»
dominical – optar por seguir o que sempre fora a vocação
salesiana: levar por diante o projecto de fazer ali uma escola, fiéis,
portanto, à intenção da benfeitora, Dona Maria Carolina de
Sousa Lara, que, um dia (e isso foi recordado nas cerimónias de sábado), em
1952, bateu à porta do gabinete do Padre Bartolomeu Valentini, então director da
Escola do Estoril, e – transcrevo o testemunho do sacerdote – «me convidou a ir
dar um passeio: meti-me no seu carro e ela trouxe-me a Manique, que eu nem
sabia onde era. Mostrou-me uma quinta enorme, fantástica, muito bem organizada,
com uma vacaria, poços e um pomar: ‘Isto agora é tudo seu, faça o que quiser!
Se quiser vender esta noite, pode vender!’».
Ali
funcionou, pois, entre 1970 e 1980 um posto de telescola; e, depois de 1980, o
ensino directo: escola básica, primeiro, e pouco depois secundária também.
No
sábado, houve cerimónia evocat iva no
moderno auditório junto às piscinas, com a presença de uma centena de amigos,
antigos alunos, alunos, docentes e colaboradores (aos mais diversos níveis). O salesiano
D. Joaquim Mendes, que chegou a ser director da Escola e ora exerce a missão de
bispo auxiliar de Lisboa, historiou, a traços largos, a vida da instituição . O provincial, Padre Artur Pereira,
congratulou-se com a actividade de excelência aqui desenvolvida e, a terminar,
o Director, Padre David Bernardo, agrade ceu
as presenças e salientou como o trabalho feito resultava do esforço conjunto de
toda uma vasta e dedicada equipa.
Seguiu-se
a Eucaristia, celebrada por D. Joaquim Mendes e concelebrada por mais de duma dezena
de sacerdotes salesianos (alguns dos quais vindos de outras casas da Congregação ). O almoço coroou, depois, em convívio, uma
comemoração sentida.
Publicado em Cyberjornal, 04-10-2013:
http://www.cyberjornal.net/index.php?option=com_content&task=view&id=18914&Itemid=67
Transcrito no Boletim Salesiano nº 541 (Novembro/Dezembro 2013), p. 24-25.
Transcrito no Boletim Salesiano nº 541 (Novembro/Dezembro 2013), p. 24-25.
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