Por
iniciativa da Junta de Freguesia Cascais – Estoril, foi dado o nome do Padre
Miguel Barros a um arruamento do Bairro Mira-Golfe, perto do Centro D. Bosco
(dos Antigos Alunos Salesianos do Estoril), e na confluência com ruas que têm
nomes ligados à Congregação Salesiana: Madre Maria Mazzarello, Laura Vicuña, S.
Domingos Sávio...
Após
o descerramento da placa, pelas 16.30 h. de ontem, dia 30, tomou a palavra o presidente
do Município, Carlos Carreiras, que foi aluno do Padre Miguel e que evocou a sua
personalidade de docente rigoroso e justo e de treinador empenhado. O Provincial
dos Salesianos, Padre Artur Pereira, agradeceu, em nome da Congregação, a homenagem
e salientou que o Padre Miguel se caracterizou pela competência, pela
frontalidade e pela dedicação. Pedro Mota Soares, Ministro da Solidariedade,
também ele antigo aluno do Estoril, recordou o exemplo do sacerdote e do
educador. Por fim, Pedro Morais Soares, que preside à Freguesia Cascais –
Estoril, louvou-se nas palavras dos oradores antecedentes e manifestou o seu
regozijo por ter sido possível prestar esta homenagem naquele local pleno de
simbolismo.
Estiveram
presentes inúmeras individualidades, em representação das autarquias
(nomeadamente o presidente da Junta de Freguesia da Ericeira, terra natal do
Padre Miguel Barros) e de entidades ligadas à Obra Salesiana, assim como quase
uma centena de antigos alunos e admiradores do sacerdote, do pedagogo e de desportista.
Cascais é, recorde-se, o «concelho mais salesiano de Portugal», atendendo ao
número de escolas salesianas (tanto dos Salesianos como das Filhas de Maria
Auxiliadora) e por não haver praticamente uma família que não tenha ou não
tenha tido um dos seus membros a estudar numa casa salesiana. O dinamismo demonstrado
pelo Centro D. Bosco, gerido pelo núcleo de Antigos Alunos do Estoril, é disso
prova evidente.
Foi,
desta sorte, homenageado não apenas o reconhecido e mui exigente professor de
Desenho da Escola Salesiana do Estoril, mas, de modo especial, o educador que, fiel
ao espírito salesiano, soube, através da prática desportiva, do hóquei em
patins concretamente, formar cidadãos activos e conscientes do seu importante
papel na sociedade. A Associação da Juventude Salesiana, que fundou, constituiu
fértil alfobre de alguns dos maiores vultos nacionais e internacionais desta
modalidade.
Ainda
que singela na sua estrutura, a cerimónia calou bem fundo no espírito de
quantos nela tiveram a dita de participar, sobretudo os que comungamos, desde
há muito, com a sábia pedagogia salesiana. Esteve bem vivo e presente o carisma
de D. Bosco, esse modo de educar na alegria, sadiamente associando estudo e
desporto, não tanto com o objectivo único de ganhar vitórias e ser campeão,
mas, fundamentalmente, de olhar de frente os obstáculos e de, em serenidade,
melhor os saber vencer, através de uma disciplina livremente aceite e
generosamente seguida.
Acrescente-se
que a data escolhida deteve também particular significado para Cascais em geral
e para as escolas salesianas em particular, uma vez que se celebrava no dia
seguinte, 31, a
festa de S. João Bosco e se comemorava no sábado seguinte, 1 de Fevereiro, o
Dia Local do Antigo Aluno Salesiano.
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