17.20
horas. 5 de Setembro de 2014. Piscina do Tamariz. A mãe veio ter com os
filhotes que se divertiam à grande no escorrega. Vestia umas calças amplamente
rotas nos joelhos…
Minha
mãe passava horas a remendar as calças de cotim dos trabalhadores da pedreira,
pois era uma vergonha andar de calças rasgadas.
«A maior vergonha»
No
dia 8 de Setembro, perante o facto de a selecção
portuguesa ter perdido 1-0 frente à selecção
da Albânia, o título de um dos periódicos desportivos era: «A maior vergonha de
sempre da Seleção ». Assim mesmo: a
maior vergonha!
Claro:
havia um culpado, que se autopuniu, o seleccionador. Não, não foi a selecção da Albânia que jogou bem; não foi a excelência
do adversário e o seu adequado «sentido do jogo» (como eu gosto dessa
expressão!...); foi o estúpido do seleccionador, que não soube treinar como
devia. Pronto! Foi-se embora e quem vier atrás que feche a porta! Vergonhas
destas têm de ser mui severamente punidas!
Bem-vindos, senhores smarts!
Houve
aí uma concentração desses modelos automobilísticos,
que deu berro e pôs Cascais nas páginas da Comunicação
Social e nos programas televisivos.
‒
Se gostei? Claro! Deu-se largas à imaginação
nas pinturas e nos dizeres!
‒
De que é que gostaste mais?
‒
Das mensagens de boas-vindas.
‒
Como assim?
‒
Começavam por welcome e ‘bem-vindos’
vinha no último lugar da lista.
Feira do Artesanato do
Estoril
51ª edição . De 26
de Junho a 31 de Agosto. Escreveu-se que era «a mais antiga feira de artesanato
do país».
‒ Ouviste falar?
‒ Passou-me despercebida, sabes. Isso não
tem nada a ver com a Câmara, pois não?
Rotunda no Monte
Custou,
mas arrecadou! E até o desenho paisagístico ficou de feição .
Há quanto tempo lutávamos para que o Monte Estoril não estivesse tão desgarrado
de Cascais para quem da vila para lá quisesse ir pela marginal! Em lugar do
vetusto, histórico e lendário Hotel Atlântico ergue-se agora um imóvel de
cinzentas linhas modernas. Também a monstruosa antena de telecomunicações, que
fora transplantada para mais adiante, em boa hora sumiu. A rotunda, com acesso
de calçada à portuguesa, agrada, pois!
Óbitos
Sempre
considerei que a imprensa local devia ter uma secção
de necrologia. Ajuda a cimentar a comunidade e até nem é muito complicado de
manter, se houver acordos com as agências funerárias.
Pelo
facebook, os que aderimos a essa rede
social temos hipótese de ir sabendo de uma ou doutra ‘partida’, que nos entristec em e nos ajudam, afinal, a pesar quão frágil e
fugaz nos é a existência. Que descansem em paz!
Nestes
últimos tempos, soubemos de Maria Adelaide Cabral, uma pintora residente em
Parede; de João Pedro Cardoso, ainda jovem, ligado aos primórdios do Museu do
Mar, à Arqueologia Subaquática e ao Centro de
Conservação das Borboletas de
Portugal; de João Padeiro (saudades do cabrito à João Padeiro e daquele
linguado como só a sua gente sabia fazer!...). Outros haverá. Estes três
merecem agora uma referência especial, porque, cada um na sua actividade,
pertencem à história da nossa Cascais.
Publicado em Costa do Sol – Jornal Regional dos Concelhos de Oeiras e Cascais,
nº 61, 17-09-2014, p. 6.
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