quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Na prateleira - 37

Temos campeões em badmington!
            Serenamente e sem grandes alardes, as colectividades lá vão prestando como podem (e lhes deixam…) os mais relevantes serviços à comunidade em que se inserem, nomeadamente contribuindo para cimentar imprescindíveis laços de vizinhança. Iniciativas da mais variada ordem preenchem o seu calendário anual e somos, de vez em quando, surpreendidos pela informação de que jovens atletas vieram medalhados de importantes competições internacionais.
            Soube, por exemplo, que tal acontecera no caraté, na Alemanha, numa prova europeia, em que jovens de Janes e Malveira arrebataram medalhas. E, a 23 de Novembro, por ocasião do 29º aniversário de Clube Desportivo da Costa do Estoril, sediado em Alapraia, ficámos a saber que, no badmington, modalidade desportiva em que o Clube agora aposta, se estava a ganhar grande relevo, inclusive com campeões a nível internacional.
            Regozijamo-nos!

Um estranho nome: Zyryab!
            Houve sessão comemorativa do 29º aniversário desse clube, a 23 de Novembro. Cabral de Sousa, o presidente, deu conta do que se procura fazer; Manuel Andrade, presidente da Mesa da Assembleia-Geral, saudou a presença de associados e amigos, realçando o facto de o senhor presidente da Câmara se ter feito representar por um dos directores municipais, Miguel Arrobas, que tem a seu cargo o pelouro das colectividades, educação e acção social e que, usando da palavra, se congratulou com as iniciativas levadas a cabo ao longo do ano.
            Na sala, ouviam-se sotaques vários, a indiciar quanto a colectividade constituía elemento congregador de uma população cosmopolita.
            Evocou-se Tito Iglésias, sócio recentemente falecido, poeta, homem de cultura, que legou ao Clube toda a sua biblioteca.
            Falou-se de música (aliás, uma das grandes actividades do clube, bem patente nos quadros que ornam as paredes do seu salão nobre); disse-se poesia; e ouviu-se o quarteto de guitarras Zyryab, que interpretou cinco temas da ‘Carmen’, de Bizet, e um trecho de Carlos Paredes.
            O quarteto foi fundado em 1999 por Luís Miguel Aveiro, que juntou a si Daniel Sousa, Ricardo Nogueira e Luís Roldão. Não é a primeira vez que actua no Clube e Zyryab – literalmente, «pássaro negro» em árabe – é o nome por que ficou conhecido Abu Al-Hasan Ali ibn Nafi (789-857), músico que, como referiu Paco de Lucía, «influenciou decisivamente a evolução da tradição musical árabe na Península Ibérica. Atribui-se-lhe a invenção do plectro (pua) utilizando a pluma dianteira da águia; também acrescentou uma quinta corda ao alaúde e criou uma escola musical sem precedentes. A tradição considerou-o o pai da música do Al Andalus». O quarteto quer, pois, seguir-lhe as pisadas – e vai muito bem!

Cocheiras Santos Jorge e… estufa!
            Não há meio de se salvaguardarem e reabilitarem as cocheiras de Santos Jorge, pérola arquitectónica do Estoril, que, pelo seu estado de abandono, a todos envergonham (se calhar, menos àqueles que deveriam envergonhar-se). No resto do edifício (demolido) foi autorizada a construção de um condomínio entre 1991 a 1993. Contudo, por informações que ora tivemos, «ainda se mantém na antiga propriedade uma lindíssima estufa que lamentavelmente está totalmente abandonada e em muito mau estado de conservação».
            Há, por conseguinte, que meter mãos à obra e… salvar também a estufa!

Cascais na Sociedade de Geografia de Lisboa
            Costa do Sol já teve ocasião de noticiar a sessão realizada, no passado dia 26 de Novembro, na Sociedade de Geografia de Lisboa, presidida pelo Engº Elias Gonçalves.
            Para além do presidente da edilidade, estiveram presentes técnicos camarários, que explicaram o que se pretende levar a cabo para minorar as agressões ambientais, e outros especialistas, entre os quais o Engº Miguel Azevedo Coutinho, filho do edil em cujo mandato se comemoraram com brilhantismo os 600 anos da elevação de Cascais a vila e um dos nossos peritos em questões hidráulicas, mormente no que concerne à prevenção de cheias e inundações.
            João Henriques, responsável pelo arquivo municipal, teve também ensejo de traçar uma panorâmica dos 650 anos da história cascalense. A este propósito, permita-se-me que mais uma vez me regozije pelos painéis sobre essa temática que ora se mostram nos baixos dos Paços do Concelho, idênticos aos que, mui acertadamente, estiveram patentes no paredão.

Publicado em Costa do Sol – Jornal Regional dos Concelhos de Oeiras e Cascais, nº 73, 10-12-2014, p. 6.

 

 

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