Sucedem-se
nos jornais locais as colunas a rememorar tempos antigos; a própria agenda
cultural São Brás Acontece não deixa,
nesse aspecto, seus créditos por mãos alheias; renovam-se as fontes antigas na
intenção de voltarem a ser locais de encontro…
Gostaria
também de incluir nessa vaga o empenho – de que, por exemplo, a Biblioteca
Municipal poderá ser alfobre – em se recolherem frases e palavras susceptíveis
de cair em desuso e que nos são muito próprias. De algumas me fiz eco; muitas
mais haverá e só a colaboração de todos, mormente ouvindo os mais velhos,
poderá contribuir para salvaguardar o que é nosso ou, pelo menos, de nosso uso.
–
Já viste a charronca velha que ele comprou, mó? Aquilo é carro que não dura um
mês, aposto!...
–
Um cozidinho de grão? Também embarca, claro!
–
Isto, menino, com o andar disfarça e parado não se nota!
–
Vamos esbulhar o milho?
–
Em Dia de Maio toca de atacar o Maio!
Exemplos
singelos de uma riqueza a preservar, não lhe parece?
Publicado em VilAdentro [S. Brás de Alportel] nº 192, Janeiro de 2015, p. 10.
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