segunda-feira, 4 de maio de 2015

Evocação do Doutor Jorge Morais Barbosa

             Nascido em Lisboa no ano de 1937, o Doutor Jorge Manuel de Morais Gomes Barbosa faleceu anteontem, dia 2, tendo sido celebradas hoje, dia 4, as suas exéquias, na capital.
            Na wikipédia - http://pt.wikipedia.org/wiki/Jorge_Morais_Barbosa - poderão encontrar-se dados sobre a sua enorme actividade como investigador e como docente na área da Linguística. Era o decano dos linguistas portugueses e também por esse motivo integrou o grupo que prontamente se levantou contra o chamado Acordo Ortográfico. Assinala-se na wikipédia que a sua preocupação com a promoção da língua portuguesa o levou precisamente a essa intervenção pública contra a Terminologia Linguística dos Ensinos Básico e Secundário (TLEBS) e contra o Acordo Ortográfico de 1990, sendo mesmo o promotor de uma petição em linha contra a iniciativa, tendo sido recebido, por isso, «com outros signatários dessa petição, no Palácio de Belém pelo Presidente da República Portuguesa, em Junho de 2008, em audiência especial».
            Já eu estava como docente na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra quando o Doutor Jorge Morais Barbosa veio da Universidade de Évora, e mantivemos sempre a maior Amizade um pelo outro.
            Tive oportunidade de acompanhar o seu labor e a ele me uniu grande amizade, nomeadamente porque eu fora, na Faculdade de Letras de Lisboa, colega de seu irmão Jorge, que enveredou pela Filosofia e que mui precocemente faleceu, quando ainda muito havia a esperar dele, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
            Jubilou-se em 2007 (uma lição memorável no Anfiteatro I da Faculdade, completamente lotado), mas continuou durante algum tempo a sua intensa actividade científica.
            Encontrava-o também de vez em quando por Cascais, onde tinha casa e passava parte do Verão e alguns fins-de-semana. Ainda recentemente eu telefonara à sua esposa, como fazia amiúde. Lembro-me de que me deu conta do agravamento do seu estado de saúde, no lar onde fora necessário recolhê-lo para poder ter melhor assistência.
            Recordarei para sempre o seu carácter afável, a sua intransigente defesa do que lhe parecia serem as posições mais correctas, nomeadamente para a vida da Faculdade.
            É um bom amigo que parte. Um docente empenhado, um investigador probo. Um cidadão atento!
            Que descanse em paz!
            À sua Esposa, Élia, apresento os meus mais sentidos pêsames.

                                                           José d’Encarnação
 

 

2 comentários:

  1. Jorge de Oliveira 4/5 às 23:40:
    Ainda foi director do meu DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA - UÉVORA

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  2. Perdeu-se um grande Homem e um grande Cientista.

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