Na
wikipédia - http://pt.wikipedia.org/wiki/Jorge_Morais_Barbosa
- poderão encontrar-se dados sobre a sua enorme actividade como investigador e
como docente na área da Linguística. Era o decano dos linguistas portugueses e
também por esse motivo integrou o grupo que prontamente se levantou contra o
chamado Acordo Ortográfico. Assinala-se na wikipédia
que a sua preocupação com a promoção da língua portuguesa o levou precisamente a essa
intervenção pública contra a Terminologia
Linguística dos Ensinos Básico e Secundário (TLEBS) e contra o Acordo
Ortográfico de 1990, sendo mesmo o promotor de uma petição
em linha contra a iniciativa, tendo sido recebido, por isso, «com outros
signatários dessa petição , no
Palácio de Belém pelo Presidente da República Portuguesa, em Junho de 2008, em
audiência especial».
Já eu estava como docente na
Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra quando o Doutor Jorge Morais
Barbosa veio da Universidade de Évora, e mantivemos sempre a maior Amizade um pelo
outro.
Tive oportunidade de acompanhar o
seu labor e a ele me uniu grande amizade, nomeadamente porque eu fora, na
Faculdade de Letras de Lisboa, colega de seu irmão Jorge, que enveredou pela
Filosofia e que mui precocemente faleceu, quando ainda muito havia a esperar
dele, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de
Lisboa.
Jubilou -se
em 2007 (uma lição memorável no Anfiteatro I
da Faculdade, completamente lotado), mas continuou durante algum tempo a sua
intensa actividade científica.
Encontrava-o também de vez em quando
por Cascais, onde tinha casa e passava parte do Verão e alguns fins-de-semana.
Ainda recentemente eu telefonara à sua esposa, como fazia amiúde. Lembro-me de que
me deu conta do agravamento do seu estado de saúde, no lar onde fora necessário
recolhê-lo para poder ter melhor assistência.
Recordarei para sempre o seu carácter
afável, a sua intransigente defesa do que lhe parecia serem as posições mais
correctas, nomeadamente para a vida da Faculdade.
É um bom amigo que parte. Um docente
empenhado, um investigador probo. Um cidadão atento!
Que descanse em paz!
À sua Esposa, Élia, apresento os
meus mais sentidos pêsames.
José d’Encarnação
Jorge de Oliveira 4/5 às 23:40:
ResponderEliminarAinda foi director do meu DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA - UÉVORA
Perdeu-se um grande Homem e um grande Cientista.
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