Estava
francamente satisfeito por recordar o que foi o passado desta casa e as «mil
estrelas» que por aqui passaram desde os tempos do senhor Teodoro dos Santos
até mui recentemente, quando o Casino era o palco invejado de todas as estrelas
do music hall internacional. Poucas terão
sido, de facto, as que por aqui não passaram e não arrecadaram triunfos. Filipe
La Féria evocou também as imagens que guardava da sua infância: a girafa do
Dali em tempo de animado corso carnavalesco, por exemplo.
O
certo é que, garantiu-nos, a sua gente – também todos eles visivelmente
deslumbrados com a nova oportunidade que iam ter e, além disso, vestidos a
rigor, para ‘revista’ ver e futuros espectadores
apreciarem!... – a sua gente vai fazer reviver esses grandes nomes com uma
maestria sem igual. Conhecendo nós como conhecemos o rigor de La Féria e o profissionalismo
de uma Alexandra (oh! a Alexandra!), de um Gonçalo Salgueiro, da Vanessa, do
Pedro Bargado, do Rui Andrade, do David Ripado, da Dora (pois, da Dora!), do
João Frizza, da Cláudia Soares, da Catarina Mouro e da Inês Herédia, estamos bem
cientes de que nos vão, sem dúvida, encantar.
Marco
Mercier desenhou as coreografias; Mestre José Costa Reis esmerou-se nos figurinos,
que muito gozo lhe deram criar. E, aliás, também agradaram sobremane ira aos intérpretes, pois vários deles (sobretudo
elas!) não hesitaram em apresentar-se já com a imagem que deles o programa
mostra.
Prometido
está que o glamour vai voltar ao
Salão Preto e Prata. Sim, tive de escrever glamour,
que é a palavra que melhor se entende nestas andanças. Porque embora o Dicionário
da Academia nos diga que é anglicismo a substituir por encanto, eu acho que,
também neste caso, «encanto» é pouco e «sedução »
é susceptível de nos levar a pensar noutras coisas… E glamour é assim como que uma sensação
boa, «está-se bem», a melodia agrada-me, a vista regala-se, a emoção desabrocha e o pensamento voa!...
Foi
glamorosa a apresentação , com as tasquinhas de «comida de rua» por fundo,
e viemos de lá com uma vontade danada de ir reviver as noites grandes
d’outrora!
José d’Encarnação
Publicado em Cyberjornal, edição de 08-04-2015:
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