Não,
amigo, não se trata dessa! É da outra, cientificamente assim designada: a dos
animais irracionais. Merecem estes (ao contrário dos racionais, suspeita-se…) cada
vez maior atenção , na medida em que
são enormes fautores da biodiversidade, elos de uma importante cadeia que urge
não romper.
Estará
recordado que foi por isso que, ao planear-se a A5, se deixaram ‘corredores’
para as cobras, as rãzinhas e os sapos, por exemplo, passarem de um lado para o
outro. O pior foi que os seus predadores descobriram a senda e lá se prantaram
à espreita dos incautos, qual caçador de montaria na porta de uma batida ao
javali. Boas intenções!…
Quando,
em Cascais, se abriu o Parque Urbano do Rio dos Mochos (impropriamente chama do de «ribeira»), houve também a feliz ideia de
se publicar o livrinho Aves da Ribeira
dos Mochos – Cascais, texto e magníficas fotos de um dos seus atentos vizinhos,
José Manuel Durão, solenemente ali apresentado a 3 de Março de 2011.
No passado dia
5 de Junho, foi a vez de se apresentar, na EcoCabana (um lugar, sem dúvida, bem
simbólico, sito à entrada do Parque Marechal Carmona), o livro As Borboletas de Cascais (a 244ª publicação da Câmara Municipal, desde que existe a inscrição no ISBN),
resultante da paci ente investigação levada a cabo por João Pedro Cardoso, desde
1977.
De cerca de
100 páginas e complementado por uma ficha de campo, de mui excelente apresentação gráfica, a cores (como não podia deixar de ser),
a obra tem prefácio de António d’Orey Capucho; um texto de Patrícia Garcia
Pereira (do Museu Nacional de História Natural) sobre a relevância da biodiversidade;
introdução , da responsabilidade de Ernesto
Maravalhas (membro também ele, como o autor, do Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal), com breve historial
acerca do interesse pelos lepidópteros (nome do género a que pertence as
borboletas) em Portugal. Segue-se o texto propriamente dito, com a identificação ilustrada de espécies emblemáticas,
explicitando-se depois os métodos de trabalho utilizados e assinala ndo-se, em mapa, os locais das intervenções
feitas no quadro do Parque Natural de Sintra-Cascais.
24 pranchas
ilustradas identificam os espécimes com o seu nome científico e a época de voo.
Índice desses nomes científicos e bibliografia completam este bonito volume de
capa rija, útil não apenas para os interessados neste tipo de actividade como
também para mostrar a beleza, ainda que efémera, como se sabe, das mariposas
que nos rodeiam.
Publicado no Cyberjornal, edição de 7-7-2012.
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