Quando,
a 8 de Maio, por iniciativa da Fundação
António Quadros, com a colaboração
da Escola Superior de Turismo e Hotelaria do Estoril e o patrocínio da Câmara
Municipal, se realizou o colóquio «Turismo em Portugal. Passado. Presente. Que
Futuro?», logo ali se anunciou que o livro de actas se apresentaria a 14 de
Julho, data em que António Quadros, se fosse vivo, completaria 89 anos. E a 14
de Julho, sábado passado, o livro foi apresentado!
Parabéns, pois, à Fundação , na
pessoa de Mafalda Ferro, coordenadora e organizadora do volume, pela exemplar
lição , pois já não estamos
habituados a que promessas sejam cumpridas e, de um modo especial, que as actas
de um encontro científico vejam rápido a luz do dia. Assim não foi – e está de
parabéns a Fundação .
Perante um luzida assistência, de individualidades ligadas ao Turismo
(não, da tal Cascais Dinâmica não estava ninguém, que esse era dia de cavalos
no hipódromo…), Jorge Felner da Costa, que foi um dos pilar es
do turismo em Cascais, deu miúda conta do conteúdo do volume, demorando-se a
sintetizar o contributo da cada uma das intervenções então feitas e ora passadas
a escrito. Pedro Garcia aproveitou o ensejo para se referir aos novos eventos –
nomeadamente ligados ao mar (não fora ele um dos responsáveis pela marina!...)
– que a Cascais têm trazido inúmeros forasteiros. Carlos Carreiras, que invocou
de modo especial a sua qualidade de Presidente do Conselho Geral da Escola
Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril), congratulou-se com a publicação , pelo acervo documental e de reflexão que
proporciona.
Trata-se de um volume de 254 páginas, pejado de ilustrações a cores – um manancial
do maior interesse! –, com o ISBN 978-989-96653-3-0, cuja publicação teve o patrocínio da Fundação
para a Ciência e a Tecnologia e não obedece ao novo acordo ortográfico
(aplauda-se!).
Celestino Domingues evoca os primórdios do turismo (p. 27-49); Margarida
Rama lho escreve sobre Cascais e o
Estoril (p. 51-73); Gabriela Carvalho conta das festas de Lisboa (p. 75-97);
José Guilherme Victorino recorda António Ferro (p. 99-127); Manuel Coelho da
Silva realça o papel do turismo como fautor de identidade de Portugal nos anos
50 (p. 129-141); em «Turismo em Portugal – explorar o passado, perspectivar o futuro»
(p. 143-175), Alberto Marques traça uma panorâmica das tendências turísticas antigas
e actuais; finalmente, a mui oportuna bem documentada análise de Armando Rocha,
põe em confronto, no que concerne à hotelaria, as diferenças abissais que ora
se registam em relação ao praticado
há uma década atrás (p. 177-193).
O livro traz ainda a reprodução
das 177 imagens que integraram a excelente exposição
documental patente no dia do
colóquio, um repositório de grande interesse, mormente se tivermos em conta,
por exemplo, a rara beleza dos cartazes que outrora se produziam!
Uma obra, sem dúvida, doravante de consulta obrigatória por quem se
dedique à actividade turística.
Publicado no Cyberjornal, edição de 17-07-2012:
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