Começou na quinta-feira, 12, o XI
Congresso Internacional de Reabilitação do Património Arquitectónico e
Edificado, que se prolongará até domingo.
Cerca de 400 participantes, entre os
quais muitos espanhóis, assistirão, em diversos monumentos da vila de Cascais (Centro
Cultural, Casa de Santa Maria, Museu do Mar, Museu dos Condes Castro Guimarães,
Casa das Histórias) a sessões do maior interesse pela temática abordada e pela excelência dos oradores convidados.
É uma realização da Câmara, através
do seu Instituto de Cultura e Estudos Sociais, e da Federação Internacional de
Centros CICOP (ligados à conservação do Património), com a colaboração de
várias entidades.
Foto de Luís Bento
A sessão solene de abertura decorreu numa das salas do Palácio de
Cidadela, uma vez que o Congresso tem o alto patrocínio do Chefe do Estado, e
foi por isso o director do Museu da Presidência da República, Dr. Diogo Gaspar,
o primeiro orador, a regozijar-se por lhe ter sido dada a honra de receber tão
ilustres congressistas, apresentando uma pouco da história do palácio em que
nos encontrávamos. Seguiu-se o Professor José Manuel Tengarrinha, que preside
ao ICES e que saudou os representantes de 25 países que, para além de Portugal,
ali estavam representados, sublinhando, por isso, a importância do encontro
que, em interdisciplinaridade, reúne os mais conceituados especialistas neste domínio.
O Professor Carlos Fabião, do Comité Científico do Congresso, traçou uma
panorâmica do que se esperava da reunião e justificou a opção por Cascais: a
localização e o empenho demonstrado pela autarquia na salvaguarda e dinamização
do seu património edificado. Miguel Matrán, director geral da Fundação CICOP,
agradeceu o acolhimento e manifestou o seu apreço a quanto aqui se tem já
concretizado. Elísio Summavieille, que ora preside à recém-criada Direcção
Geral do Património Cultural, em organização, recordou que, neste momento, pela
Europa, cerca de 40% da construção civil se dedica à reabilitação de edifícios
e, por outro lado, que «o património mais importante são as pessoas» (conceito
que, comente-se de passagem, é bem agradável de ouvir quando parece andar tão
arredio da prática concreta dos governos europeus). Encerrou a série de
discursos o Dr. Carlos Carreiras, na sua qualidade de presidente do Município
que acolhe e que promove, nesta «jovem vila de 648 anos» (frisou). E se ser presidente
de um município significa deter nas mãos um forte potencial de destruição
maciça, proclamou que Cascais é e quer continuar a ser uma «terra de património»,
dando respostas locais aos desafios impostos pela globalização.
A conferência inaugural foi proferida por Manuel Fernández Canovas, sobre
«Los materiales de construcción y el Patrimonio Edificado». Pedro Vaz
referiu-se aos trabalhos levados a efeito no Palácio da Cidadela e Jacinta
Bugalhão deu conta de como se processara a reabilitação da Cidadela.
Antes do almoço, inaugurou-se no Museu dos Condes Castro Guimarães uma
exposição e foram desde logo apresentados os posters previstos.
Publicado no Cyberjornal de 13
-07-2012
[http://www.cyberjornal.net/index.phpoption=com_content&task=view&id=16607&Itemid=67
Sem comentários:
Enviar um comentário