Esta não lembrava ao Diabo. Alembrou, no entanto, a um senhor ministro, professor catedrático de Matemática e Estatística no Instituto Superior de Economia e Gestão!
Claro,
tinha que ser!
Não
bastava sermos habitualmente tratados como números, também agora as criancinhas
têm de ler tantas palavras por minuto!... É o objectivo de cada ano: cada vez
mais palavras por minuto! Não interessa se percebem, ou não, o que estão a ler;
não interessa que saibam dar a entoação certa; não interessa que saibam fazer
as pausas como convém; não interessa se os outros compreendem, ou não, o que
estás a ler. «Isso agora não interessa nada!», como diria Teresa Guilherme nos melhores
momentos da «Casa dos Segredos» ou no primeiro «Big Brother».
O senhor
ministro, que vem lá das estatísticas (tinha que ser!), quer que os putos se
preparem para papaguear rápido, como naqueles anúncios pagos ao segundo, em que
não interessa nada se a gente percebe ou não. Aliás, nem aquilo que eles dizem
é para perceber, como as letras miudinhas dos contratos dos seguros...
Benza-o
Deus, senhor ministro! Sou cristão e só por isso o não mando para as profundezas
do Inferno!
O canto das
Areias do Guincho
Mostrou-me
Toni Muchaxo, extasiado, a página em que vinha a novidade. Dera, em Março de
2004, à família Ishizuka, «defensora do meio ambiente», um frasco com areia da
praia do Guincho. Regressados ao Japão, entregaram o frasco a um cientista, que
gravou «o som das areias do Guincho». E, pelo que lhe foi dado verificar, esse
som demonstrou-lhe que «a Praia do Guincho é uma das praias mais limpas de todo
o planeta Terra»! Ora toma! São areias que cantam!
Semáforos na Av. Infante D. Henrique
Foram
implantados semáforos próximo do topo norte da Av. Infante D. Henrique, em
Cascais. Ali desembocam duas das ruas que servem a Escola Azevedo Coutinho e é,
pois, zona de muito movimento de jovens; assim, disciplinam-se estudantes e
condutores. Boa ideia!
Boa
ideia foi também essa de dar mais visibilidade – com pisca-pisca azulinho! – às
placas indicativas de passagens de peões.
Médico de família
Hoje – tirando
aquela bizarria do senhor ministro – só queremos boas notícias.
Outra
é das cartas que a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo
enviou com vista à actualização das listas de utentes. Assim, quem, à data de 8
de Janeiro, não apresentar «qualquer registo de contacto com nenhuma das
unidades prestadoras de cuidados de saúde primários desta Administração
Regional de Saúde» e quiser «manter a suas inscrição activa» deverá, «no prazo
máximo de 90 dias» – não se diz a partir de quando, porque a carta não tem data,
mas supõe-se que será a partir do referido dia 8 –, informar dessa intenção a
unidade de saúde a que pertence, «presencialmente ou por contacto telefónico».
Mais
informa essa circular que, mesmo sendo classificado como «utente inscrito no
ACES sem contacto nos últimos 3 anos» é garantido o acesso às prestações de
saúde habituais; por outro lado, importa que se procurem actualizar os dados.
Medida
do maior alcance, nomeadamente no que concerne ao rol de doentes adscritos ao médico
de família. E, se pensarmos que muita gente muda de residência, a acção ora
empreendida é digna do maior encómio. Da caixa de correio de um dos apartamentos
arrendados num dos bairros da freguesia de Cascais pude eu próprio retirar, e
devolver, nada mais do que cinco dessa cartas, referentes a inquilinos que, ao
longo dos último anos tiveram aquela morada e ainda não haviam dado baixa dela.
Publicado
em Jornal
de Cascais, nº 332, 27.02.2013, p. 6.
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