Todos
os anos a Sociedade Propaganda de Cascais brinda os seus associados com um
postal de Boas Festas que veicula um pouco da história da instituição. Um gesto
mui oportuno, que Joaquim da Piedade Aguiar houve por bem introduzir, para que as
memórias se não percam.
Este
ano, recordou-se a figura do «pintor e revolucionário» Francisco Romano Esteves
(1882-1960), o 1º presidente da Comissão de Propaganda de Cascais (de 12-3-1934 a 8-4-1935). É dele o
quadro realista «Explicação do avô», patente no Museu dos Condes de Castro
Guimarães.
Obras
Cascais – a vila e o interior – andam numa
azáfama pegada. Obras por tudo quanto é sítio; «desvio» é a placa amarela mais
presente nas nossas vidas quotidianas: andamos sempre num desvio! Por vezes,
não se sabe lá muito bem porquê, mas… também é normal que os senhores que
mandam nestas coisas de pôr placas e deixá-las mesmo depois dos trabalhos
prontos sejam nossos bons amigos e assim contribuam para que não criemos
hábitos e lutemos contra a doença de Alzheimer. O pior é se esses desvios, como
amiúde acontece, não só não se encontram em bom estado como nos obrigam a um
trajecto muito mais longo, com o consequente aumento do consumo de combustível
numa época em que todos – mas todos! – estamos a apertar o cinto! Numa palavra:
não há respeito!
Rua Dr. Viegas
No dia 6 de
Fevereiro, surpresa: a Rua Dr. Fernando Baptista Viegas, frente ao tribunal de
Cascais fora arranjada, depois de anos a fio as viaturas andarem ali como num carrossel,
pois o pavimento abatera pouco depois
da construção do parque subterrâneo.
Quando por ali passava, o povo perguntava: «Mas não há quem veja isto?». Já
viram. Demorou muito, mas viram. Em boa hora!
Caça à multa
Um
amigo enviou-me imagens que mostram como os agentes policiais põem, mui
disfarçadamente, os radares, a fim de caçarem multas a quem anda distraído.
Todos os pretextos são bons: uma carrinha de caixa aberta como se estivesse
empanada, a esquina de uma antiga casinha de cantoneiros…
Só há uma
forma de os dissuadir: cumprir! E, quando se não está de acordo com determinada
regra, reclamar e verificar se, na verdade, essa regra cumpre as regras de
implantação. Por exemplo, no caso de uma estrada municipal, se está exarada no
verso a deliberação camarária que a estipulou… Nem sempre está – e, por
conseguinte, não tem valor!
Agenda do… Executivo
Fui
surpreendido, na sexta-feira, 8, por receber, do Gabinete de Imprensa da CMC, «a
agenda do Executivo da Câmara Municipal de Cascais para o período compreendido
entre os dias 9 e 15 de Fevereiro de 2013».
Não posso
deixar de aplaudir, porque a Câmara não é apenas o seu Presidente (até agora,
era-nos enviada a agenda do Presidente, só) mas todo o seu Executivo e não é
obrigatório que o Presidente vá a todas, pode delegar num ou noutro vereador. Talvez
também seja esta uma forma de os demais vereadores começarem a aparecer,
nomeadamente nas iniciativas que mais directamente se prendem com os seus
pelouros. Congratulo-me.
Claro, é
compreensível: há aqui já uma pontinha de campanha eleitora; mas releve-se esse
pormenor em favor da maior visibilidade de uma equipa!
Misericórdias cimentam união
A
Misericórdia de Cascais assumiu, por intermédio da sua Provedora, a presidência
do Secretariado Regional de Lisboa da União das Misericórdias Portuguesas.
Terceira idade, saúde, sustentabilidade, educação constituem os pilares em que
vai doravante assentar a sua acção, na procura incessante de um trabalho em
equipa cada vez mais efectivo. Juntos mais se logrará alcançar!
Despesas
Não,
não vou comentar os tão badalados 13 000 euros que, segundo veio na
Comunicação Social, a autarquia cascalense terá gasto em promoção da sua imagem
junto da Internacional Socialista, que escolheu Cascais para a sua reunião.
Refiro-me a ‘pequenas coisas’ que, ao olhar do cidadão comum, não têm sentido
ou, pelo menos, se lhe afiguram despropositadas em tempos de contenção. Sim, eu
sei que é preciso dar de comer aos senhores das tipografias (que andam pelas
ruas da amargura), aos designers gráficos (que esmolam de porta em porta), mas…
era mesmo preciso mudar o nome do Serviço Meteorológico Nacional de Portugal,
que nós comummente chamávamos de Serviços Meteorológicos e todos percebíamos,
para Instituto Português do Mar e da Atmosfera?
E,
numa altura em que se começaram a divulgar notícias sobre peixe que estava a
ser vendido em más condições de higiene e de conservação, gasta-se dinheiro em
vultosas campanhas contra a apanha de peixe miúdo (ai, lá se vão os meus
deliciosos joquinzinhos e os choquinhos à algarvia!...) e, por outro lado, uma
organização dependente ou patrocinada pelo Ministério da Agricultura, do Mar,
do Ambiente e do Ordenamento do Território (não havia nome mais curto, que é
que se lhes há-de fazer?...), a Fileira do Pescado (www.fileiradopescado.com), faz esbeltos cartazes
em excelente papel couché e distribui a consultórios médicos e outras
entidades, por via postal, uma circular, datada de 21 de Dezembro de 2012, no
âmbito da campanha «Pescado é Saúde!», incitando a que se divulgue essa ideia:
coma-se peixe! Certo. Mas… se, em vez disso, angariassem mais apoios para os
nossos marítimos e lograssem fiscalizar mais eficazmente os nossos pesqueiros, dado
que falam outra língua, que não a nossa, os que devastam os nossos cardumes, é
sabido…? Benza-os Deus!
Publicado
em Jornal de Cascais, nº 331, 13.02.2013, p. 6.
Sem comentários:
Enviar um comentário