Começa assim:
«Morreu um de
nós: um daqueles que zelava pela segurança de todos (alunos, funcionários e
professores); o nosso elo mais forte, em pleno exercício das suas funções.
[…]
Já na Direção Executiva, e perante o
continuado comportamento violento, o vigilante Correia, manietando o aluno,
manteve-se como pilar determinante
na segurança física de outros elementos da Comunidade Educat iva,
que tentavam também intervir. Mais de dez pessoas tentaram, sem sucesso, conter
o aluno!
Assim, perante
uma violência física e emocional tão demorada e brutal, o vigilante Correia
colapsou».
E assim
termina, depois de circunstanciadamente se narrarem os factos e as reacções da
Direcção Regional de Educação do Norte:
«Morreu o Sr.
Correia, dizemos. Já tinha problemas de saúde, dirão. Nos olhos uns dos outros
lemos: “Mataram o Sr. Correia!”».
A carta tem
como finalidade não remediar o que já não tem remédio, mas gerar uma corrente
que leve as entidades e, designadamente, os Serviços Tutelares de Menores a
terem uma acção mais acutilante. E –
que me seja permitido acrescentar – sei do que falo, porque fui, no ano lectivo
de 1963-1964, professor na Escola Profissional de Santo António, em Izeda,
nessa altura dependente dos Serviços Tutelares de Menores, e tive a meu cargo
jovens delinquentes de idades entre os 12 e os 15 anos.
Publicado em Cyberjornal, edição de 16-02-2013:
Através do FB, este comentário de Cláudia Pereira, que agradeço:
ResponderEliminar«Isto é algo crescente em nossa sociedade! Não é possível fechar os olhos diante de tais acontecimentos. Existe um documentário que trata um outro lado da questão.Documentário norte-americano chamado Bullying. As cenas são chocantes, rotineiras. É somente a ponta do iceberg.»